Operação Istambul mira organização criminosa em Abaeté, Nova Serrana e Lagoa da Prata

Em operação de combate a uma organização criminosa atuante no estado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Abaeté, Nova Serrana e Lagoa da Prata.

A ação, intitulada Istambul, teve como objetivo a apreensão de equipamentos eletrônicos e documentos vinculados a empresários envolvidos com a lavagem de capitais provenientes da atividade ilícita da organização criminosa investigada.

O delegado Davi Moraes, que coordena as investigações, explica que “nessa fase da operação, visamos à lavagem de dinheiro e a ocultação dos bens, para atingir os agentes econômicos que trabalham em prol dessa organização criminosa e descobrir as suas conexões com outros estados”.

De acordo com Moraes, ontem, os policiais civis estiveram em uma fábrica, na cidade de Nova Serrana, responsável pela confecção de produtos falsificados, de marcas inclusive de renome internacional. “Essa fábrica era um dos braços dessa lavagem de capitais; dessa dissimulação do dinheiro vindo do tráfico”, acrescentou.

No local, foram apreendidos grande quantidade de calçados falsificados, insumos para a produção dos itens e maquinários. O proprietário da fábrica, de 46 anos, e outros dois funcionários dele, de 31 e 46 anos, foram autuados em flagrante e liberados mediante pagamento de fiança. O empresário detido é apontado como um dos colaboradores financeiros da organização criminosa.

A operação realizada na terça-feira (18), coordenada pelo Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc) contou com o apoio do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof), da Coordenação de Recursos Especiais (Core) e da Coordenação de Operação com Cães (COC).

Início das investigações.
No primeiro semestre de 2020, a 3ª Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico prendeu, em Divinópolis, um homem apontado como principal narcotraficante (sobretudo de cocaína) da região centro-oeste do Estado. Após trâmite judicial, ele foi condenado a 20 anos de prisão, sendo ainda sentenciado à perda de 18 imóveis e sete veículos, incluindo blindados.

A partir dessa prisão, houve a ascensão de um novo articulador do narcotráfico na região, sucessor direto na hierarquia do tráfico de drogas. Por meio de levantamentos, foram detectadas as conexões principais da atividade criminosa com outros narcotraficantes nas cidades de Pará de Minas, Abaeté, Lagoa da Prata e Divinópolis.

Com base nesses levantamentos, a PCMG desencadeou a primeira fase da operação Istambul, em maio de 2022. No curso das investigações, na região de Pará de Minas, em agosto de 2022, o novo articulador do grupo criminoso foi preso na posse de cinco toneladas de maconha, trinta barras de cocaína, duas barras de crack e diversas armas de fogo e munições, além da quantia de R$160 mil em espécie.

A PCMG identificou então uma célula criminosa com estrutura empresarial, responsável pelo financiamento para a aquisição e transporte de drogas com lucros exorbitantes.

“As investigações não só apontaram a associação em consórcio para a aquisição dos entorpecentes como uma estrutura empresarial sediada em Nova Serrana e estrutura industrial na dedicação a contrafação, consistente no uso ilegal de ativos de propriedade intelectual, através da fabricação de calçados das maiores marcas de renome no Brasil”, finaliza Davi.

As investigações continuam. As informações são da Assessoria de Comunicação da Polícia Civil de Minas Gerais.

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