GRNEWS TV: Expansão urbana aumenta risco de febre maculosa em Pará de Minas

Durante participação no videocast Papo com Geraldo Rodrigues, apresentado de segunda a sexta-feira, a partir das 13 horas, pelo canal GRNEWS no YouTube, Maria de Lourdes Liguori, enfermeira Referência Técnica da Vigilância Epidemiológica Municipal, e Oscar Leitão, médico-veterinário e Referência Técnica do Centro de Controle Zoonoses, alertaram para o período de sazonalidade da Febre Maculosa, doença causada por carrapato.

Crescimento imobiliário e impacto ambiental
O avanço de novos empreendimentos em Pará de Minas, como loteamentos e torres residenciais, vem transformando áreas de mata em espaços urbanos. Essa alteração no ambiente aproxima a população de animais silvestres que servem de hospedeiros para o carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. O desmatamento, portanto, aumenta a probabilidade de contato entre seres humanos, carrapatos e animais, elevando o risco de transmissão da doença.

Animais não são culpados pela doença
Especialistas alertam que os animais silvestres não devem ser responsabilizados pela disseminação da febre maculosa. Casos semelhantes já ocorreram no passado, quando macacos foram mortos injustamente durante surtos de febre amarela. Além de ser crime ambiental, eliminar esses animais desequilibra o ecossistema e pode agravar o cenário epidemiológico. A responsabilidade recai sobre o desequilíbrio ambiental e não sobre a fauna.

Capivaras e cuidados necessários
As capivaras são hospedeiros importantes no ciclo do carrapato-estrela e podem manter a bactéria em grupos familiares numerosos. No entanto, especialistas reforçam que a população não precisa temer o animal em si, mas sim o vetor. A recomendação é manter distância segura de qualquer espécie silvestre e adotar medidas de prevenção contra carrapatos. O verdadeiro risco está na picada do parasita, não na presença da capivara.

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