Aves silvestres vítimas do tráfico se recuperam em Divinópolis para voltar à natureza em MG
Trinta e duas aves silvestres, que foram resgatadas do tráfico ilegal, chegaram ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras) de Divinópolis na última semana. A unidade, que é ligada ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), recebeu os pássaros da Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA), que os encontrou em condições precárias. Depois de uma triagem inicial, as aves agora passam por um processo de reabilitação com o objetivo de retornar ao seu habitat natural.
Condições críticas e cuidados especializados
As aves, que são da ordem dos passeriformes e incluem espécies como trinca-ferros e tico-ticos de cabeça vermelha, estavam sendo transportadas em caixas de leite, sem ventilação, comida ou água. Infelizmente, oito animais não resistiram — seis morreram durante o transporte e dois após o resgate devido ao estresse e traumas.
Das 32 aves inicialmente resgatadas, 25 sobreviveram e estão recebendo cuidados especializados no Cetras/IEF. A equipe técnica notou lesões perto do bico, penas danificadas e sinais de atrito, indicando maus-tratos durante o transporte e possíveis brigas. Cada ave foi colocada em gaiolas individuais e está em quarentena, seguindo um protocolo intensificado por conta dos recentes surtos de gripe aviária no país.
Apesar da situação inicial crítica, os especialistas do centro de triagem estão otimistas quanto à recuperação dos animais. “Elas já estavam em fase adulta e foram capturadas recentemente, o que facilita o processo de reintegração à natureza após a reabilitação”, explicou Sotero José Greco Guimarães, coordenador do Cetras Divinópolis.
O caminho de volta para casa: Projeto Asas
Após a recuperação, as aves que estiverem prontas serão devolvidas à natureza por meio do Projeto Asas (Áreas de Soltura de Animais Silvestres). Essa iniciativa é uma parceria entre o IEF e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O projeto identifica e cadastra propriedades rurais com características ambientais adequadas para receber esses animais. Nesses locais, as aves passam por um período de aclimatação em viveiros antes de serem soltas de forma definitiva.
Este caso realça a importância da cooperação entre os órgãos de fiscalização e os centros especializados na proteção da fauna silvestre. Além de impedir que mais animais sejam vítimas do tráfico, ações como esta demonstram o compromisso do Estado com a preservação da biodiversidade e o bem-estar animal. Com informações da Agência Minas
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