Ucrânia e Rússia: Macron defende tratamento desigual e Lula reitera busca pela paz e reforma da ONU

O presidente da França, Emmanuel Macron, enfatizou nesta quinta-feira que, no conflito entre Rússia e Ucrânia, não se pode tratar as duas nações em pé de igualdade, pois há um agressor e um agredido. A declaração foi feita em Paris, onde também destacou o papel relevante do Brasil na busca por uma solução para a guerra.

Agente da guerra e a recusa do cessar-fogo
Macron salientou que a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos foi aceita pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em março, mas continua a ser rejeitada pelo presidente russo Vladimir Putin. Para o líder francês, Putin iniciou a guerra e não demonstra interesse em um cessar-fogo.

Brasil e a reforma urgente da ONU
Anteriormente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia comentado que conflitos como a guerra na Ucrânia evidenciam a necessidade inadiável de reformar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula reiterou a posição conhecida do Brasil no conflito, reafirmando que “a guerra não interessa a ninguém”.

O presidente brasileiro lembrou que o Brasil, desde o início da guerra, posicionou-se contra a ocupação territorial russa na Ucrânia e, ao mesmo tempo, manifestou-se contra a guerra em si. Ele mencionou que o Brasil, em conjunto com a China, elaborou um documento e uma proposta que envolve 13 países emergentes, com o objetivo de discutir e buscar uma solução para o conflito.

Lula ressaltou que, quando os dois lados envolvidos no conflito demonstrarem disposição para negociar a paz, o Brasil estará pronto para contribuir. Contudo, a decisão final de negociar cabe a Rússia e Ucrânia. O presidente lamentou o enfraquecimento político da ONU, que, segundo ele, tem pouca influência em relação a essa e outras guerras globais.

As declarações foram dadas à imprensa após um encontro bilateral entre Lula e Macron, durante a visita de Estado do presidente brasileiro à França. Com informações da Agência Brasil