Polícia Federal atinge recorde e apreende R$ 9,5 bilhões do crime organizado em 2025
A Polícia Federal (PF) registrou um marco significativo no combate ao crime organizado em 2025, apreendendo um total de R$ 9,5 bilhões em bens e dinheiro. O valor, referente ao período de janeiro a novembro, representa um aumento considerável em relação aos R$ 6,1 bilhões apreendidos no ano anterior.
O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, detalhou que os recursos foram efetivamente retirados de organizações criminosas e incluíram uma ampla variedade de ativos: desde dinheiro em espécie, imóveis, embarcações e aeronaves até ouro e criptomoedas.
Estratégia de descapitalização é reforçada
Em encontro com jornalistas na sede da PF, em Brasília, Rodrigues defendeu a intensificação das ações que visam descapitalizar os grupos criminosos.
O diretor-geral destacou a importância de focar nas lideranças e financiadores do crime organizado, afirmando que é necessário combater aqueles que “comandam o crime organizado e lideram estrutura organizada e poucas vezes colocaram o pé em uma favela”.
Apesar da eficácia, Rodrigues explicou que, nas apreensões realizadas em contas de investigados, o valor efetivamente apreendido costuma ser inferior ao montante de bloqueio determinado pela Justiça.
Aumento no número de operações e prisões
O balanço apresentado por Rodrigues também aponta um aumento na produtividade das investigações da PF:
Operações homologadas: Foram 3.310 operações em 2025, superando as 3.133 realizadas em 2024.
Mandados de prisão: Um total de 2.413 mandados de prisão foram cumpridos, superior aos 2.184 registrados no ano passado.
Para o diretor, os números demonstram um resultado mais eficiente das investigações conduzidas pela corporação.
Resultados da Ficco e crítica à Alerj
Rodrigues também apresentou os resultados da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que obteve os seguintes números em 2025:
Operações: 215
Prisões: 978
Buscas e apreensões: 1.551
Valor descapitalizado: R$ 163,31 milhões
Em outro momento do encontro, o diretor-geral criticou a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de soltar o deputado Rodrigo Bacellar (União). O parlamentar havia sido preso pela PF dias antes, sob suspeita de vazar informações sobre uma megaoperação contra o crime organizado no Rio de Janeiro. Com informações da Agência Brasil
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