GRNEWS TV: Políticas ambientais em Minas Gerais enfrentam desafios na proteção de áreas e recursos naturais
WhatsAppDurante participação no videocast Papo com Geraldo Rodrigues, apresentado de segunda a sexta-feira, a partir das 13 horas, pelo canal GRNEWS no YouTube, Elma Ayrão Mariano, gestora Ambiental da FEAM URA Alto São Francisco, destacou a precarização do serviço público estadual de meio ambiente em Minas Gerais.
Uso de carvão e responsabilidade industrial
Em Minas Gerais, siderúrgicas devem ser autossuficientes em energia, utilizando carvão oriundo apenas de florestas plantadas, sem exploração de vegetação nativa. O Instituto Estadual de Florestas (IEF) é responsável por regulamentar e controlar essa matriz energética, garantindo que a produção industrial siga padrões sustentáveis. Porém, a implementação dessas políticas enfrenta limitações estruturais, tanto de pessoal quanto de infraestrutura, o que compromete sua efetividade.
Áreas de preservação permanente sob pressão
As Áreas de Preservação Permanente (APPs) têm função essencial: proteger cursos d’água, aumentar a infiltração de água no solo e servir como corredores ecológicos para fauna e flora. No ambiente urbano, sua preservação é ainda mais crítica para evitar danos em enchentes frequentes. No entanto, muitas APPs são ocupadas irregularmente, e o poder público não realiza adequadamente a fiscalização ou a realocação de moradores, colocando em risco a segurança da população e a integridade ambiental.
Limites legais e falta de fiscalização
Além de permitir o uso indevido, não há garantias de que as faixas de proteção legalmente estabelecidas sejam suficientes para proteger os cursos d’água, especialmente em áreas íngremes. Com o aumento das ocupações irregulares e a inação do poder público, o resultado é um avanço gradual da degradação ambiental, com consequências diretas para a população e o equilíbrio dos ecossistemas. Especialistas alertam que, sem políticas firmes e fiscalização contínua, a situação tende a se agravar.
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