Hanseníase: tratamento precoce previne quadros mais graves e incapacitantes
O Brasil celebra o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, nesta quarta-feira, 31 de janeiro, uma data de extrema importância para sensibilizar a população sobre essa doença milenar que ainda persiste.
A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infectocontagiosa, que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos, podendo causar deformidades e incapacidades permanentes se não diagnosticada e tratada precocemente.
Segundo dados do Ministério da Saúde, no período de 2017 a 2021, foram diagnosticados no Brasil 119.698 casos novos de hanseníase. O ano de 2022 trouxe consigo mais 17 mil registros da doença no Brasil, que é o segundo país com maior número de novos casos de hanseníase no mundo, atrás apenas da Índia.
“A hanseníase não escolhe idade, gênero ou classe social. É fundamental ficar atento aos sintomas como manchas claras ou avermelhadas na pele com redução de sensibilidade, dormência e formigamento persistente”, destaca Juliana Massuda, dermatologista do Hospital São Luiz Campinas.
Para a especialista a conscientização e o combate ao preconceito, com informações corretas são essenciais, já que historicamente pessoas com hanseníase são afastadas de atividades comuns como convívio familiar, social e até mesmo de empregos.
“O contágio se dá apenas por meio de contatos domiciliares prolongados, ou seja, pessoas que moram com o doente. Apertar as mãos, encostar, abraçar ou trabalhar com pessoas com hanseníase não provoca contaminação”, explica Juliana Massuda.
O tratamento da hanseníase é eficaz e gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), envolvendo o uso de antibióticos por um período específico.
“Caso você tenha algum dos sintomas mencionados ou conheça alguém com os mesmos, procure atendimento. O diagnóstico e início do tratamento precoce não apenas ajudam na cura da doença, prevenindo complicações e sequelas, mas também contribuem para a interrupção da transmissão”, enfatiza a especialista do São Luiz Campinas. Com informações são da Assessoria de Comunicação do Hospital São Luiz Campinas.