Bolsa de valores retira Gol de índices após aérea entrar em recuperação judicial

A B3, bolsa de valores brasileira, que tem sede em São Paulo, retirou ontem (30) as ações da Gol de seus índices. Com a medida, a companhia aérea, que acionou um tribunal nos Estados Unidos (EUA) para renegociar dívidas, foi excluída do cálculo de dez indicadores da bolsa de valores brasileira.

Os indicadores são os seguintes:

• Ibovespa;

• Índice Brasil Amplo (Ibra);

• Índice Brasil 100 (IBrX);

• Índice Carbono Eficiente (ICO2);

• Índice de Diversidade (IDVR);

• Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT);

• Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGCX);

• Índice de Ações com Tag Along Diferenciado (ITAG);

• Índice Valor (IVBX);

• Índice Small Cap (SMLL).

Apesar da retirada dos índices, as ações da companhia aérea continuarão a ser vendidas na bolsa. Elas, no entanto, serão comercializadas sob o título de “Outras condições”.

Na segunda-feira (29), as ações da Gol caíram 33,61%, sendo cotadas a R$ 3,93. Nesta terça, os papéis recuaram 26,97%, para R$ 2,87. Segundo a B3, a companhia tinha perdido R$ 674 milhões de valor de mercado até ontem, passando a valer R$ 1,323 bilhão.

A empresa divulgou, também na segunda-feira, que encerrou 2023 com endividamento de R$ 20,17 bilhões. No último dia 25, a Gol entrou com pedido para acionar o mecanismo conhecido como Capítulo 11 no Tribunal de Falências dos Estados Unidos. O procedimento assemelha-se à recuperação judicial no Brasil, em que uma empresa renegocia débitos com os credores para evitar a falência, enquanto mantém as atividades.

A companhia busca financiamento de US$ 950 milhões. Conforme comunicado divulgado pela Gol, a operação no Brasil não será afetada e a empresa continuará trabalhando normalmente, com o pagamento dos salários dos empregados garantido. Com Agência Brasil

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