Identificação de nova variante do vírus K no Pará não deve gerar pânico, afirmam especialistas

A recente detecção de uma nova cepa do vírus Influenza A (H3N2), apelidada de “vírus K”, em território brasileiro, acendeu alertas na saúde pública, mas especialistas recomendam cautela em vez de alarme. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, esclarece que a mutação constante é uma característica intrínseca dos vírus da gripe e que, até o momento, não existem evidências que sustentem a previsão de um surto de grandes proporções no Brasil.

O cenário global monitorado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que, embora a variante K esteja em rápida ascensão no Hemisfério Norte, especialmente na Europa e América do Norte, não houve um aumento na gravidade clínica dos casos. As taxas de internações em UTIs e óbitos permanecem estáveis, sugerindo que a variante não é necessariamente mais letal que suas antecessoras.

Caso importado no Pará e monitoramento da Fiocruz
No Brasil, o primeiro registro da variante K foi identificado no Pará. De acordo com informações detalhadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o caso envolve uma mulher estrangeira, vinda das ilhas Fiji, que teve sua amostra coletada em Belém no final de novembro. Após análises laboratoriais e sequenciamento genético, o caso foi classificado como importado.

Até o momento, as autoridades de saúde não encontraram provas de que o vírus esteja circulando de forma comunitária ou local entre os brasileiros. A vigilância epidemiológica e genômica segue intensificada para rastrear qualquer mudança nesse padrão de transmissão.

Eficácia da vacinação e atualizações da OMS
Um ponto fundamental de tranquilidade reside na eficácia das vacinas. Renato Kfouri destaca que, mesmo quando o vírus sofre mutações (o chamado “drift” antigênico), os imunizantes mantêm uma capacidade importante de proteção, principalmente contra as formas mais severas da doença. A vacinação anual é necessária justamente para acompanhar essas evoluções virais.

Em setembro de 2025, a OMS já havia atualizado a recomendação para a composição das vacinas que serão utilizadas no próximo ano, incluindo cepas que contemplam o subclado K. Isso significa que a nova fórmula estará mais alinhada com os vírus que circulam atualmente pelo mundo, garantindo uma resposta imunológica mais robusta.

Medidas de prevenção e cuidados básicos
Enquanto a situação é monitorada, as orientações de prevenção permanecem as mesmas já conhecidas pela população. Higienizar as mãos com frequência, utilizar máscaras em caso de sintomas gripais e evitar aglomerações ao apresentar desconforto respiratório são práticas essenciais. Buscar assistência médica em casos de febre persistente e manter o calendário vacinal em dia continuam sendo as melhores defesas contra qualquer variante da gripe. Com informações da Agência Brasil

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