Cristo Redentor terá projeções de frases e imagens em protesto a tragédia da Vale em Brumadinho

O manifesto aconteceu ao meio dia no Cristo Redentor de Pará de Minas. Há dois anos, neste mesmo horário, a barragem B1 de Córrego do Feijão em Brumadinho se rompia, trazendo morte e tristeza a centenas de famílias brasileiras. O crime ambiental chocou o mundo com a morte de 272 pessoas, a maioria trabalhadores da Vale e empresas terceirizadas.

Isto sem contar nos danos ao meio ambiente, e em alguns casos até mesmo irreparáveis, como dizem alguns especialistas do setor.

Pará de Minas foi uma das cidades atingidas pelo rompimento no que diz respeito ao meio ambiente. O Rio Paraopeba, principal fonte de captação de água para abastecer o município foi comprometido e desde então o consumo daquela água não é recomendado.

ASCOM Prefeitura de Pará de Minas

Além disso, famílias que sobreviviam graças ao Paraopeba, seja utilizando a água do rio para algum fim, ou até mesmo como turismo, pedem mais auxilio da mineradora. Quem mora próximo ao Rio recebe uma indenização mensal, mas que chegará ao fim em breve.

Estes moradores tem uma organização não governamental que responde por eles e os representa nas audiências e reuniões com a Vale. Pará de Minas, cidades e comunidades rurais vizinhas estão na Região 3 do Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab) e desse o crime ambiental, é o órgão quem representa os moradores e proprietários de imóveis.

ASCOM Prefeitura de Pará de Minas

Para chamar atenção para a data, o Nacab realizou o manifesto no Cristo Redentor. Faixas e cartazes mostram as solicitações dos atingidos.

Luiza Monteiro é analista do escritório do Nacab na região de Pará de Minas e destaca a importância da manifestação para mostrar que a Vale não tem cumprido o combinado com as famílias e nem com a reparação ao meio ambiente:

ASCOM Prefeitura de Pará de Minas

Luiza Monteiro
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O Nacab assessora as pessoas que foram atingidas de alguma forma pelo rompimento da barragem. Como é o caso de quem mora próximo ao Paraopeba. Estas famílias utilizavam o rio como fonte de água para uso próprio e também para alimentação de animais e outras funções. Tudo isso se perdeu após a água se tornar imprópria para consumo humano e animal.

A mineradora tem ressarcido algumas famílias mas o auxílio termina neste mês de janeiro. A luta agora é pela continuação da renda mensal:

Luiza Monteiro
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Além do manifesto, nesta segunda-feira 25 de janeiro, quando se completam dois anos do crime ambiental, o Cristo Redentor terá as luzes apagadas em sinal de luto pela tragédia. Frases e imagens referentes à tragédia serão projetadas no monumento.

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