Fim do mistério: jovem de 18 anos assume ter planejado ataque a escola em Pará de Minas

Desde o dia 13 de março quando 10 pessoas morreram e 11 ficaram feridas após um ataque a uma escola em Suzano, região metropolitana de São Paulo, que pais e alunos questionam a segurança nas instituições de ensino de todo o país.

Em Pará de Minas não é diferente e há pedidos inclusive para que o governo estadual contrate vigias e instale câmeras de segurança em todas as escolas. O objetivo é garantir segurança aos estudantes e tranquilidade aos pais.


Mas na segunda-feira (18) o medo tomou conta da maioria dos paraminenses. Após acompanharem as notícias sobre o massacre da semana anterior, eles temeram que o mesmo ocorresse em Pará de Minas. É que na Escola Estadual Manoel Batista, uma das escolas mais tradicionais do município, foram encontradas quatro folhas de um caderno. Nelas, constavam ameaças em frases e desenhos.

Foi um aluno que encontrou o conteúdo ameaçador no banheiro masculino que fica no segundo andar do prédio. Ele entregou à diretoria da escola que registrou um boletim de ocorrência na 19ª Companhia Independente de Polícia Militar e em seguida a 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil começou as investigações.

Havia, por parte da direção da escola, suspeitas do plano ser de um estudante do terceiro ano. O caderno dele foi recolhido e na capa os policiais perceberam que ele usou o objeto como apoio para escrever. A sombra da letra ficou marcada na capa. Em seguida conseguiram cumprir mandado de busca e apreensão na casa do jovem de 18 anos e foram apreendidos um notebook e um aparelho celular.

No histórico de buscas da internet dos dois equipamentos eletrônicos, os investigadores encontraram pesquisas sobre o massacre em Suzano, a ataques ocorridos em uma escola em Columbine nos Estados Unidos e acessos a sites relacionados ao nazismo e a Hitler.

O jovem de 18 anos é esquizofrênico, o que foi comprovado por meio de relatórios apresentados pela família do rapaz. Ele faz tratamento psiquiátrico e psicológico e faz uso de medicamentos controlados.

O delegado titular da 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil em Pará de Minas, Carlos Henrique Gomes Bueno, explica detalhadamente como os agentes concluíram a investigação:


Carlos Henrique Gomes Bueno
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De acordo com a família do jovem de 18 anos, em 2015 ele tentou suicídio, teria tomado remédios acima do indicado.

Tanto a escola como a família dizem que o rapaz é tranquilo e ele contou ao delegado que já sofreu bullying, porém hoje não tem este problema no dia a dia.

Ainda nesta semana ele começa um acompanhamento na Delegacia Regional de Polícia Civil em Pará de Minas:

Carlos Henrique Gomes Bueno
carloshenrique2


Como tem 18 anos, ele responderá pelo crime de ameaça. Assim que o inquérito estiver finalizado será encaminhado pela Polícia Civil ao Poder Judiciário.

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