Pandemia: em dois anos Pará de Minas conta 296 mortes por Covid-19, 13.753 casos confirmados e 13.404 recuperados
Um vírus que causava mortes, lotando o sistema de saúde de vários países, mas que não chegaria com toda esta agressividade pelas terras tupiniquins. Assim era o pensamento de muitos no começo de 2020 ao saber do novo coronavírus.
Em janeiro daquele ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um comunicado relatando 44 casos de “pneumonia de causa desconhecida” em Wuhan na China e dias depois foi divulgado o primeiro código genético do vírus. Naquele mesmo mês a OMS admitiu alto risco de epidemia no mundo e não deu outra. Bastaram dias para que outros países relatassem casos de Covid-19 se tornando uma pandemia mundial.
Foi só em 26 de fevereiro de 2020 que o primeiro caso de Covid-19 foi confirmado. Um homem de 61 anos viajou para a Itália onde pode ter contraído o vírus.
Em Pará de Minas o primeiro caso suspeito apareceu no dia 10 de março de 2020, sendo descartado rapidamente. Mas antes disso algumas medidas de prevenção já haviam sido adotadas, como orientação para distanciamento entre os fieis dentro das igrejas, e alteração na rotina de visitas e internações no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).
Com o medo tomando conta da população e o Brasil monitorando centenas de casos suspeitos, a prefeitura de Pará de Minas decidiu publicar o primeiro decreto que tratava das restrições frente ao novo coronavírus. O Decreto 11.035 foi publicado no dia 16 de março de 2020 e exigia higienização com álcool em gel em ônibus, táxis e transportes privados via aplicativos. Além disso estavam proibidos eventos com mais de 100 pessoas e as aulas foram suspensas por tempo indeterminado.
Três dias depois um novo decreto proibindo aglomeração de mais de 10 pessoas, a prefeitura suspendeu os atendimentos presenciais assim como a Câmara de Vereadores. Em seguida, o comércio não essencial também foi fechado em Pará de Minas.
Desde então muita coisa mudou. A população passou a usar máscaras onde quer que vá. A rotina foi toda alterada. Muitos passaram a trabalhar em casa quando era possível, reduziram as idas à rua, com o retorno dos eventos tem quem ainda tem medo e o saldo disso tudo somente cada pessoa pode fazer internamente.
Alguns aprenderam com a pandemia e passaram a dar mais valor em momentos simples. Outros não viram o momento pelo qual o mundo ainda passa e sequer ligam para as consequências.
Por um lado, o saldo de Pará de Minas é negativo. No dia em que se completam dois anos da pandemia ou 24 meses, ou 730 dias, e do decreto que coloca a cidade em Situação de Emergência em Saúde Pública, o município contabiliza 296 mortos em decorrência da Covid-19 e 13.753 casos confirmados da doença, dos quais 13.404 pessoas recuperadas. Outra boa notícia é que nesta quarta-feira (16) não havia ninguém internado na Enfermaria e a taxa de ocupação era de 15% na UTI para tratar Covid-19 no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).
Muita coisa mudou neste tempo de pandemia e o Portal GRNEWS ouviu o secretário Municipal de Saúde Wagner Magesty que teve que se desdobrar para conseguir atender os casos suspeitos e confirmados em Pará de Minas:
Wagner Magesty
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O maior número de casos registrados em Pará de Minas foi nestes primeiros três meses de 2022. Números maiores que os registrados em todo o ano de 2021 por exemplo. A variante Ômicron é a responsável pela alta de casos:
Wagner Magesty
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Em uma pandemia mundial, com tantas perdas, dá até pra tirar algo positivo. Pará de Minas por exemplo, terá uma estrutura em saúde melhor que a anterior a 2020:
Wagner Magesty
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Outro ponto positivo é a valorização da ciência pela maioria. Em tempo recorde, vacinas foram criadas para reduzir o número de pessoas em estado mais grave da doença, reduzindo significativamente também os registros de mortos pela Covid-19.
O secretário também comentou a respeito da vacinação dos paraminenses:
Wagner Magesty
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Até o momento, 74.655 paraminenses tomaram a primeira dose da vacina, representando 84,48% da população acima de cinco anos. Destes, 79,50%, ou seja, 67.876 paraminenses tomaram a segunda dose e 2.375 a dose única da Janssen.
Ao todo, 30.910 pessoas tomaram a dose de reforço, o que representa 42,23% da população alvo da campanha.
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