Embrapa busca parceiro para embalagens que prolonguem a vida útil de vegetais
Pesquisadores da Embrapa desenvolveram um tipo inovador de sachê com compostos voláteis que podem ser usados dentro da embalagem para prolongar a vida útil dos alimentos, além de preservar a qualidade, segurança e suas propriedades sensoriais. Chamada de embalagem ativa, faz uso de gases orgânicos, compostos seguros para a saúde humana e com atividade antifúngica comprovada que evita o podridão do fruto durante o processo da embalagem até a compra, aliando sustentabilidade e redução de perdas e desperdícios. Essa tecnologia, que irá liberar voláteis gradativamente no interior das embalagens, já está à disposição de parceiros para desenvolvimento final e inserção no mercado.
A embalagem ativa foi testada com sucesso na remoção da adstringência de caquis e está sendo testada para o controle de doenças pós-colheita em uvas de mesa, morangos e mamões, o que comprova seu amplo potencial para diversos produtos. Isso porque libera compostos orgânicos voláteis que atuam em diversos processos metabólicos de frutas e hortaliças e, por isso, pode ser contínuo para outros produtos vegetais frescos, agregando sustentabilidade a diferentes cadeias produtivas.
Segundo Lucimara Antoniolli, pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho, a nova tecnologia tem um papel crucial no processo de conservação desses alimentos. No caso da cadeia da uva de mesa, ela pode oferecer uma alternativa sustentável aos liberadores de dióxido de enxofre, atualmente utilizados e, para a cadeia do morango, a possibilidade de controle dos podridões pós-colheita, principal problema nos mercados atacadistas e varejistas. “Elas variações desde sachês e filmes que absorvem etileno até embalagens antimicrobianas, desempenhando um papel vital na prevenção da interferência dos alimentos”, observa.
Segundo Daniel Terão, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, a inovação em embalagens representa um avanço significativo para o setor agrícola, contribuindo para a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental. No cenário atual, marcado por critérios em relação à qualidade alimentar, práticas sustentáveis e redução das perdas e do desperdício, a tecnologia de embalagens ativas surge como uma solução promissória.
Antoniolli pontua que a pesquisa com embalagens inovadoras na Embrapa começou com o foco na resolução de problemas específicos, como a remoção da adstringência dos caquis. Essa tecnologia, ainda em desenvolvimento, possibilita a redução de um dia no tempo entre a colheita e o destino final do produto, otimização da mão de obra e eliminação completa da necessidade de infraestrutura de câmaras para o tratamento de remoção da adstringência dos frutos. “Os resultados atuais são frutos desse estudo ao longo dos anos”, acrescenta.
Contato para parceria
Os interessados em desenvolver uma tecnologia de embalagem ativa em escala para o mercado podem entrar em contato com a pesquisadora Lucimara Antoniolli pelo e-mail: Lucimara.antoniolli@embrapa.br
Com informações da Embrapa.