Mapeamento de risco: equipe do Serviço Geológico do Brasil que atuou no RS realiza vistoria técnica em 20 áreas vulneráveis em Pará de Minas
A pedido da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) — órgão vinculado ao Ministério das Cidades — está em Pará de Minas para realizar um mapeamento detalhado e vistoria técnica em diversas áreas de risco na cidade. O trabalho tem como meta aprimorar o diagnóstico de vulnerabilidades geológicas (movimentação de terra e deslizamentos) e hidrológicas (inundações e enxurradas), fortalecendo a prevenção de desastres naturais.
Conhecer os riscos para salvar vidas
O objetivo principal da ação, segundo os envolvidos, é prover a administração pública com informações cruciais para a segurança da população. O coordenador da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) de Pará de Minas, Edson Cecílio da Silva, explica que a função primordial do órgão é trabalhar na mitigação e prevenção:
Edson Cecílio da Silva
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O produto final entregue pelo SGB possibilita à Defesa Civil emitir orientações, alertas e conscientizar a comunidade sobre os riscos a que está sujeita. “A informação dada da forma correta por órgãos competentes, salva vidas,” enfatiza o coordenador. Ele ressalta ainda que a relevância desse tipo de trabalho cresce diariamente diante do aumento dos extremos climáticos:
Edson Cecílio da Silva
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O técnico em Geociências Guilherme Souza, que integra a equipe do SGB, complementa que o material produzido será crucial não apenas na prevenção, mas também na gestão e organização do território municipal no sentido de salvar vidas. O técnico aponta que o binômio entre o clima (chuvas intensas e extremas) e as características do terreno (muita declividade) torna as áreas mais suscetíveis a deslizamentos e quedas de bloco.

Experiência em catástrofes e abrangência do trabalho
Os técnicos do SGB em Pará de Minas são oriundos da base operacional de Fortaleza (CE). A equipe carrega a experiência de ter atuado recentemente no mapeamento de risco do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, região que foi severamente atingida por chuvas torrenciais em 2024.
A missão em Pará de Minas tem um prazo planejado de duas semanas para a etapa de campo. Cerca de 20 áreas foram inicialmente indicadas para análise, com potencial de o número subir para aproximadamente 30, caso o SGB subdivida os locais para melhor compreensão dos problemas:
Guilherme Souza
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Entre os locais a serem vistoriados estão:
As Serras das Piteiras, de Santa Cruz e do Andaime.
As partes altas dos bairros Vila Maria e Grão-Pará.
O bairro Serra Verde.
A área próxima ao Córrego do Geraldo, no bairro São Cristóvão.
O cruzamento da Avenida Ovídio de Abreu com a Rua João Alexandre.

Banco de dados nacional e captação de recursos
O resultado do mapeamento realizado pelo SGB terá um impacto estratégico a longo prazo para o desenvolvimento da cidade. Edson Cecílio da Silva explica que os dados serão utilizados para alimentar um banco de dados nacional por meio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Ao alimentar esse sistema, o município passa a ser reconhecido pelo governo estadual e federal como tendo áreas de risco.
O reconhecimento oficial é um passo crucial para que a prefeitura possa, em seguida, buscar a captação de recursos para investimentos em melhorias e obras que garantam maior segurança às comunidades afetadas.
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