Reunião em BH deixa em aberto transferência de demanda do Aeroporto Carlos Prates em BH para o aeródromo de Pará de Minas

O encontro envolvendo os representantes das prefeituras de Belo Horizonte, Pará de Minas, concessionários do Aeroporto Carlos Prates, deputado estadual entre outros envolvidos no processo de desativação do aeródromo na capital mineira foi realizado na tarde de ontem, 21 de março.

Em pauta, a discussão sobre a possibilidade de transferir a demanda de lá para o Aeroporto Municipal Arnaud Marinho em Pará de Minas. Já existe a decisão do governo federal de fechar o Aeroporto Carlos Prates no próximo mês, por questões de segurança, mas nesta reunião nada ficou decidido.

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), disse que há dois anos o governo federal queria fechar o Aeroporto Carlos Prates e vender a área, mas ele não concordou com essa hipótese.

O tempo passou, novo acidente ocorreu no local, e veio nova decisão de encerrar as atividades no local, por questões de segurança, a partir de 1º de abril. Ele diz que tentou junto a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) que esse prazo fosse prorrogado, para dar tempo de quem trabalha no local buscar outros caminhos. Mas esse prazo não foi concedido. Assim, a partir do dia 1º o terreno passa para a Prefeitura de BH.

Com a desativação do Aeroporto Carlos Prates em BH, uma das opções é transferir a demanda de serviços para o Aeroporto Arnaud Marinho em Pará de Minas. Diante dessa situação, o prefeito Fuad Noman destacou a importância da participação do prefeito Elias Diniz (PSD) na reunião que envolveu diversos atores interessados nesse assunto. O prefeito de BH diz ainda que segue com o projeto de desocupação do imóvel:

Fuad Noman
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O prefeito Elias Diniz afirmou que o primeiro passo é o alinhamento de todo o processo. O prefeito de Pará de Minas sinalizou de maneira positiva para a possibilidade de receber esta demanda, desde que sejam feitam todas as adequações necessárias no aeroporto de Pará de Minas:

Elias Diniz
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Elias Diniz acrescenta que fazer essa transferência em um prazo de 10 dias é inviável para toda readequação, por isso é preciso conversar e avaliar toda a situação. O prefeito afirma que Pará de Minas está pronta para trabalhar, mas são muitos pontos a serem analisados antes de qualquer decisão:

Elias Diniz
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A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) define regras para a aviação civil, e por isso será feita uma análise para determinar o que pode e o que não pode, isso diz respeito também a quantidade de pousos e decolagens, uma vez que será apenas uma porcentagem da demanda do Carlos Prates que o aeroporto de Pará de Minas pode receber. Elias Diniz fala também sobre o investimento nestes hangares:

Elias Diniz
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O aeroporto de Pará de Minas está distante cerca de 3 quilômetros da região central, localizado no Bairro Santos Dumont. E conforme publicado pelo Portal GRNEWS, cidadãos se manifestaram contrários a possibilidade de aumentar a demanda no aeródromo de Pará de Minas desde a publicação de matéria sobre essa possibilidade no GRNEWS TV. Mas o prefeito afirma que existe uma margem de segurança que também será ampliada caso haja o aumento do fluxo no local.

Representante da Voa Prates, associação que representa as empresas concessionárias do Aeroporto Carlos Prates, as atividades geram cerca de 500 empregos diretos. Além do Aeroclube do Estado de Minas Gerais, o aeródromo abriga quatro escolas de formação de pilotos. Muitos dependem do aeroporto como conta Estevan Velásquez, representante da Associação Voa Prates:

Estevan Velásquez
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O deputado estadual Alencar da Silveira Júnior (PDT) também participou da reunião e afirmou que eles vão tentar reverter essa situação junto aos órgãos responsáveis em Brasília para que o Carlos Prates não seja desativado. Disse ainda que querem transferir o problema de Belo Horizonte para Pará de Minas:

Alencar da Silveira Júnior
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A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), por meio de ofício emitido em 20 de março, confirmou que o espaço precisa ser desocupado até 31 de março. Até essa data os concessionários devem retirar os bens, mobiliário, equipamentos e recursos humanos, para concluir o processo de desativação do Aeroporto Carlos Prates em BH a partir do primeiro dia de abril.

A Infraero também citou no ofício que todos os serviços de telefonia, internet, água e energia também devem ser cancelados até 31 de março. Também alertou aos concessionários que os bens não retirados da área locada até 31 de março, serão considerados abandonados e ficarão sob posse da concedente.