Investimento em infraestrutura no Brasil deve atingir R$ 277,9 bilhões em 2025, projeta CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que os investimentos em infraestrutura no Brasil alcançarão R$ 277,9 bilhões neste ano. Se essa projeção se confirmar, o valor representará um aumento de 4,2% em comparação com o montante investido no ano passado.

Apesar do crescimento em valores absolutos, a proporção dos investimentos em infraestrutura em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país deve sofrer uma pequena redução, caindo de 2,27% em 2024 para 2,21% em 2025.

Ramon Cunha, analista da CNI, salienta que o Brasil historicamente investe pouco em infraestrutura. “Em algumas atividades, o país investe menos do que o necessário para suprir a própria depreciação desses ativos. Isso se reflete, na prática, em estradas com conservação inadequada, instabilidade em termos de fornecimento de energia e serviços de telecomunicações, e, ainda, em precariedade no abastecimento de água e no tratamento de esgoto”, explica Cunha.

Os setores que devem registrar os maiores crescimentos no investimento este ano são saneamento básico e transportes.

A CNI também projeta que a iniciativa privada será responsável por 72,2% dos investimentos, consolidando uma tendência observada desde 2019, quando o capital privado passou a responder por mais de 70% desses aportes.

Para a confederação, apesar dos avanços recentes, a infraestrutura nacional ainda enfrenta deficiências que comprometem a capacidade de concorrência internacional do país. Entre os principais entraves apontados estão as barreiras regulatórias, a morosidade nos processos de licenciamento ambiental e a insuficiência de investimentos.

Recomendações para modernizar a infraestrutura brasileira
O estudo da CNI identificou oito pilares considerados essenciais para a modernização da infraestrutura do Brasil. Entre as principais recomendações estão:
Transformar o investimento em infraestrutura em política de Estado e aprimorar sua governança.
Ampliar de forma responsável e com racionalidade econômica os investimentos públicos, direcionando-os para projetos com maior retorno social.
Ser rigoroso nos critérios de escolha de investimentos públicos e parcerias público-privadas.
Garantir maior segurança jurídica para os investimentos privados.
Aprimorar a regulação do setor de infraestrutura.
Ampliar a participação dos mercados de capitais no financiamento de projetos de infraestrutura.
Fortalecer o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como estruturador de projetos sustentáveis de infraestrutura.
Apoiar a expansão gradual dos investimentos em infraestrutura até que se atinja o patamar de pelo menos 4% do PIB.
Com informações da Agência Brasil

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