Sind-UTE não concorda com retorno presencial das aulas em MG e ameaça deflagrar greve sanitária
Como já adiantado pelo Portal GRNEWS, o Governo de Minas Gerais autorizou a retomada das aulas presenciais nas cidades enquadradas na onda vermelha do plano Minas Consciente. Pará de Minas está entre estes municípios autorizados e agora depende do aval da Prefeitura para que as aulas recomecem nas escolas estaduais da cidade.
Segundo a Secretaria de Estado de Educação (SEE), o retorno é seguro, será gradual, híbrido, facultativo e foi até mesmo planejado, com todas as escolas seguindo rigorosamente as medidas de prevenção ao novo coronavírus.
A notícia pegou muita gente de surpresa, afinal muitos acreditam que este ainda não é o momento para que os estudantes retornem para a sala de aula, mesmo sendo em menor número de alunos e com todas as medidas sendo obedecidas.
Muitas pessoas acreditam ainda que certas escolas não conseguirão cumprir todo o cronograma de prevenção, pois há poucos recursos destinados a aquisição de materiais, insumos e equipamentos. Em Pará de Minas, por exemplo, estão autorizadas a retomar com os anos iniciais as escolas Ademar de Melo, Francisco de Assis Viana, Governador Valadares, Joaquim Luiz Gonzaga, Professor Pereira da Costa, Torquato de Almeida e Zico Ferreira, em Torneiros.
Ao Portal GRNEWS, o diretor da subsede do Sindicato Únicos dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE MG) Rondinelli Alves, destaca que este não é o momento de retorno presencial. Cita ainda que isto se deu pela pressão das escolas particulares e afirma que os profissionais do Estado não têm, na maioria das vezes, tecnologia disponível para as aulas:
Rondinelli Alves
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Rondinelli Alves lembra ainda que nos últimos dias que a situação melhorou em Pará de Minas. Acrescenta que não são apenas profissionais da Educação e estudantes que estarão com suas vidas em risco, mas toda uma cadeia produtiva que presta serviços para as escolas:
Rondinelli Alves
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O Sind-UTE MG estuda uma greve sanitária em todo o estado. Na quarta-feira, 7 de julho, haverá uma reunião para definir como a possível greve acontecerá. Nesta data as atividades serão paralisadas.
Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, a professora Denise Romano, “onda vermelha favorável não existe. O governo do estado de Minas Gerais quer fazer da escola um grande tubo de ensaio e assim verificar a possibilidade de contaminações em massa pelo vírus. Não estamos dispostos a colocar a nossa vida e nem a dos nossos estudantes em risco. O Sind-UTE/MG defende a educação e prima pela vida. Queremos a volta presencial às aulas quando houver imunização de toda a população”.
Mas o que é greve sanitária? Ela é deflagrada quando há uma emergência que coloca a segurança e a vida dos trabalhadores em risco, no caso a pandemia de Covid-19.
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