GRNEWS TV: Críticas ao esvaziamento da política ambiental em Minas Gerais ganham força às vésperas da COP30

Durante participação no videocast Papo com Geraldo Rodrigues, apresentado de segunda a sexta-feira, a partir das 13 horas, pelo canal GRNEWS no YouTube, Elma Ayrão Mariano, gestora Ambiental da FEAM URA Alto São Francisco, destacou a precarização do serviço público estadual de meio ambiente em Minas Gerais.

Terceirização e fragilidade institucional
Especialistas e servidores têm manifestado preocupação com o futuro da política ambiental em Minas Gerais. Um dos pontos mais criticados é a terceirização de atividades estratégicas, como a análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que deveria ser de competência exclusiva do Instituto Estadual de Florestas (IEF). O Programa de Regularização Ambiental, essencial para identificar áreas de recuperação de vegetação nativa, também sofre impactos diretos dessa fragilidade.

Desmonte ambiental apontado por críticos
Perfis e analistas lembram que, desde o início de sua gestão, o governador Romeu Zema buscou extinguir a Secretaria de Meio Ambiente, tentando transferi-la para a pasta da Agricultura. Sem sucesso, teria passado a reduzir investimentos e a limitar a atuação dos órgãos do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema). Essa estratégia, segundo críticos, enfraquece uma secretaria que arrecadou R$ 1,2 bilhão em um ano, mas que não vê esse valor retornar em melhorias para seu funcionamento.

Investimentos questionados
Apesar de o governo afirmar que há investimentos, os recursos citados dizem respeito a aquisições básicas, como computadores e mobiliário, e ainda são oriundos de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) de empreendimentos. Para quem atua na área, o contraste entre a arrecadação bilionária e os recursos efetivamente aplicados na secretaria mostra um descompasso preocupante. Esse cenário, afirmam, deve gerar críticas durante a COP30, conferência global sobre mudanças climáticas.

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