GRNEWS TV: Greve do Sisema expõe crise e precarização na gestão ambiental em Minas Gerais

Durante participação no videocast Papo com Geraldo Rodrigues, apresentado de segunda a sexta-feira, a partir das 13 horas, pelo canal GRNEWS no YouTube, Elma Ayrão Mariano, Gestora Ambiental da FEAM Pura Vida Alto São Francisco, e Carla Cristina de Oliveira Silva, Analista Ambiental do IEF Centro-Oeste e Gerente da Unidade de Conservação da Estação Ecológica Mata do Cedro, abordaram a precarização do serviço público de meio ambiente estadual.

Mobilização histórica dos servidores
O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) entrou em greve por tempo indeterminado em 1º de setembro. A paralisação foi aprovada em assembleia no dia 21 de agosto, considerada a maior da história da categoria, com 99,62% de aprovação. Entre os principais motivos apontados estão a queda no número de servidores efetivos, salários defasados e a precarização da estrutura do órgão.

Queda de efetivo e aumento da terceirização
O Sisema atua em 853 municípios, mas conta atualmente com apenas 1.353 servidores concursados, número muito inferior ao necessário. Desde 2016, mais de mil profissionais deixaram o quadro, e o último concurso foi realizado há 12 anos. Essa escassez tem levado à substituição por terceirizados, situação que, segundo o sindicato, compromete a segurança jurídica das decisões e a continuidade das políticas públicas.

Defasagem salarial e plano de carreira
Outro ponto central é a defasagem salarial, que já ultrapassa 80%. Há servidores recebendo menos que um salário mínimo, o que coloca a categoria entre as mais mal remuneradas do serviço público em Minas e no Brasil. O movimento cobra o cumprimento de um acordo judicial firmado em 2016, que prevê a implantação de um novo plano de carreira.

Uso de recursos e impacto nos serviços
Apesar de arrecadar cerca de R$ 1,2 bilhão por ano em taxas e multas, menos de um terço desse valor é reinvestido na fiscalização ambiental. Essa situação, segundo o sindicato, enfraquece o combate a irregularidades e aumenta a vulnerabilidade de setores como mineração, agronegócio e saneamento. Até o momento, o governo do estado não apresentou uma proposta concreta de negociação.

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