Classe média brasileira lidera o movimento por hábitos sustentáveis, revela pesquisa

Uma pesquisa inédita realizada pelo Sindicato da Indústria de Material Plástico, Transformação e Reciclagem de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast), em parceria com a Nexus, revelou que os brasileiros com renda intermediária, entre dois e cinco salários mínimos, são os que mais adotam práticas sustentáveis. Nesse grupo, 90% dos entrevistados afirmam evitar o desperdício e a geração de lixo.

O engajamento da classe intermediária
Embora as classes com renda mais alta tenham maior acesso à informação e infraestrutura, a pesquisa aponta que elas não lideram o ranking de práticas sustentáveis. Apenas 82% dos brasileiros que ganham acima de cinco salários mínimos adotam esses hábitos. Entre aqueles com renda de até um salário mínimo, o percentual cai para 74%. O estudo demonstra que o empenho na reciclagem é maior entre a classe intermediária.

A pesquisa também indica um esforço coletivo da população brasileira: 81% dos entrevistados afirmam evitar o desperdício, 75% separam materiais para reciclagem em casa e 22% entregam embalagens plásticas a empresas especializadas. O plástico é, inclusive, o material mais reciclado no Brasil, superando o alumínio e o papel. Seis em cada dez brasileiros consideram o plástico um material essencial, principalmente por sua capacidade de conservar alimentos e garantir a higiene.

Barreiras para a sustentabilidade
Apesar dos esforços, a pesquisa mostra que as barreiras para a adoção de práticas mais sustentáveis não são apenas econômicas. A falta de informação (apontada por 28% dos entrevistados) e a ausência de estrutura pública, como a coleta seletiva (mencionada por 17%), são os maiores entraves para uma maior adesão.

O levantamento foi realizado por telefone em março, com 2.009 pessoas em todos os estados e no Distrito Federal, e tem uma margem de erro de dois pontos percentuais. Com informações da Assessoria de Comunicação do Sindiplast