Operação conjunta desmantela garimpo ilegal na Região Central de Minas Gerais
Uma força-tarefa composta por diversos órgãos de segurança e fiscalização ambiental de Minas Gerais realizou uma ação coordenada que resultou na prisão de doze pessoas suspeitas de envolvimento com garimpo ilegal. A operação, batizada de “Prisma”, teve como foco principal o combate a atividades minerárias clandestinas que causam graves danos ambientais em municípios da região Central do estado, especialmente em Felício dos Santos e Senador Mourão.
Ação estratégica contra a degradação ambiental
Conduzida pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), Polícia Federal (PF) e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entre os dias 2 e 3 de julho, a “Operação Prisma” visou coibir práticas poluidoras e degradadoras. A iniciativa buscou garantir a aplicação rigorosa da legislação ambiental e minerária, focando na repressão à extração irregular de cristais e outros minerais.
A estratégia da operação incluiu o emprego de tecnologia avançada: além do efetivo dos Batalhões de Polícia de Meio Ambiente (BPMamb) e de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv), drones do Comando de Aviação do Estado (COMAVE) da PM foram utilizados para mapear dragas e realizar o reconhecimento aéreo das áreas afetadas. Essa tecnologia otimizou a identificação de infrações e a eficácia da repressão.
Descobertas e danos significativos
Durante a operação, foram apreendidos cinco automóveis, nove motocicletas (sendo uma furtada), cristais de quartzo, uma arma de fogo, quatro rádios comunicadores e outros materiais oriundos das atividades criminosas.
Mais preocupante, porém, foi a constatação de severos impactos ambientais:
Supressão de vegetação nativa do Cerrado: Áreas verdes foram devastadas para dar lugar à mineração.
Extração mineral sem licença ambiental: As atividades eram realizadas sem qualquer tipo de regulamentação ou permissão.
Queima de lixo: Prática que agrava a poluição e os riscos à saúde.
Ausência de medidas de mitigação: Não havia qualquer preocupação em minimizar os impactos sobre o solo e os recursos hídricos.
Desrespeito a suspensões anteriores: As atividades ilegais continuaram mesmo após determinações de paralisação em fiscalizações prévias.
A área total impactada é estimada em 4,2 hectares, com 1,7 hectares em Senador Mourão e 2,5 hectares em Felício dos Santos, revelando a extensão do prejuízo ecológico. Os detidos foram levados à Polícia Federal, onde responderão por mineração ilegal, usurpação de bens da União e receptação.
Integração e consciência cidadã
A “Operação Prisma” sublinha a vital importância da colaboração entre diferentes órgãos públicos para a proteção do patrimônio natural de Minas Gerais. A atuação conjunta de polícia, meio ambiente e ministério público demonstra um compromisso firme com a fiscalização e a repressão às atividades criminosas ambientais.
Além disso, a operação destaca o papel crucial da população. As denúncias recebidas foram determinantes para a deflagração da ação, evidenciando uma crescente consciência ambiental por parte da sociedade e fortalecendo as políticas públicas de preservação. Com informações da Agência Minas
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