Professora desabafa sobre preconceitos sofridos por negros paraminenses

Novembro é o mês da Consciência Negra. O dia 20 relembra a morte de Zumbi dos Palmares, último líder do quilombo dos Palmares e motivo de orgulho para o enfrentamento ao racismo.

Em Pará de Minas várias ações aconteceram neste mês como forma de luta e resistência a quem ainda acredita que os negros seriam uma “raça inferior”, como muitos dizem por aí.

Hoje, o racismo é crime. O crime de injúria racial, inserido nos capítulos de crimes contra a honra do Código Penal, é quando ofende a dignidade de alguém pela raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência. A pena prevista é de um a três anos de reclusão. Já os crimes de racismo estão previstos na Lei 7.716/1989, que pune crimes de preconceito de raça ou de cor.  No dia 18 de novembro o Senado aprovou projeto de lei que tipifica a injúria racial como racismo. A proposta prevê pena de multa e prisão de dois a cinco anos para quem cometer o crime.

A diferença destes crimes é o direcionamento. Na injúria racial a ofensa é direcionada a um indivíduo específico. Enquanto isto, no crime de racismo, a ofensa é para a coletividade, como toda uma raça.

Mas mesmo sendo crime, ainda tem gente que comete, pelo simples fato de acreditar que está certo.

O Portal GRNEWS ouviu Arlete Maria dos Santos Silva, que é vice-presidente da Associação Étnica Dandara e ressalta que infelizmente tem gente que gosta de constranger quem não é da mesma cor que ele:


Arlete Maria dos Santos Silva

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As redes sociais vieram para aproximar pessoas que há muito tempo não se viam, mas também escondem preconceito e racismo. É fácil criar um perfil falso ou até mesmo no verdadeiro, e constranger, intimidar e diminuir o outro.

Arlete Maria dos Santos Silva conta que em Pará de Minas infelizmente, isto tem acontecido com frequência:

Arlete Maria dos Santos Silva
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Em 2003, o Dia da Consciência Negra entrou para o calendário escolar que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff oficializou a data como Dia Nacional do Zumbi e da Consciência Negra.

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