Mutirão de limpeza contra a Dengue será realizado no Bairro Padre Libério em Pará de Minas e população precisa receber bem os agentes
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O combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Febre Chikungunya e outras arboviroses precisa ser uma constante em Pará de Minas. Além de exigir ações do poder público municipal, o cidadão também deve fazer sua parte cuidando de seus imóveis e eliminando tudo que possa acumular água parada.
Importante destacar que no ano de 2024, o Brasil enfrentou sua maior epidemia de Dengue e a situação em Pará de Minas foi crítica, com a sexta epidemia de Dengue e a primeira de Febre Chikungunya. Foram notificados cerca de 15 mil casos prováveis e as arboviroses causaram 13 mortes na cidade. A Dengue matou 10 pessoas e a Chikungunya provocou a morte de três pessoas.
A preocupação continua em 2025. Os números do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 06 e 10 de janeiro, confirmaram que o Município de Pará de Minas enfrenta alto risco de infestação do mosquito.
A cidade está enquadrada em situação de risco, conforme parâmetros do Ministério da Saúde. Os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) visitaram 2.170 imóveis na área urbana de Pará de Minas. O resultado do LIRAa revelou o percentual de 7,5% de infestação do mosquito transmissor da Dengue e outras arboviroses.
O LIRAa anterior realizado entre os dias 5 e 8 de novembro de 2024 apontou um índice de 2,5%. Ou seja, em dois meses o índice de infestação saltou de 2,5% para 7,5%, um aumento de 200% em um prazo aproximado de 60 dias.
Entre a ações de combate à Dengue e outras arboviroses, será realizado nesta sexta-feira, 31 de janeiro, um mutirão de limpeza no Bairro Padre Libério. O trabalho naquela região terá início nesta quinta-feira (30), informa o chefe de Vigilância Ambiental, Douglas Felipe de Carvalho Duarte, que também informa o que será recolhido:
Douglas Felipe de Carvalho Duarte
Destaca ainda que a população paraminense precisa colaborar, uma vez que a maioria dos focos do Aedes aegypti são encontrados dentro das residências:
Douglas Felipe de Carvalho Duarte
Veja dicas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Febre Chikungunya e outras arboviroses:
10 Minutos contra o Aedes
Com apenas uma ação semanal é possível interromper ○ ciclo de vida do mosquito
O mosquito Aedes aegypti vive dentro e ao redor das nossas casas. A fêmea espalha seus ovos por muitos lugares. Para garantir a saúde da sua família e vizinhos, é necessário fazer uma ação semanal de apenas 10 minutos nos locais onde ele costuma colocar seus ovos.
O Aedes é oportunista: ele coloca seus ovos em locais inesperados. Por isso, também verifique outros locais que podem acumular água.
A caixa d’água totalmente vedada evita a entrada de mosquitos.
Calhas limpas, sem folhas e sujeira, evitam o acúmulo de água.
Galões, tonéis, poços, latões e tambores devem ser totalmente vedados, inclusive aqueles usados para água de consumo.
Os objetos que podem acumular água devem ser eliminados. Se isso não for possível, pneus devem ser guardados em locais cobertos e, as garrafas vazias, armazenadas com a boca para baixo.
Ralos limpos e com aplicação de tela evitam a formação de criadouros.
Nos quintais e áreas de serviço, baldes virados com a boca para baixo evitam o acúmulo de água.
Bandejas de ar-condicionado limpas impedem o acúmulo de água. Outra opção é descartar a bandeja.
Alguns modelos de geladeira possuem bandejas que podem acumular água. A recomendação é secar semanalmente.
Sempre que possível os pratos dos vasos de plantas devem ser eliminados. Como alternativa, os pratos podem ser completamente preenchidos de areia ou lavados semanalmente com bucha.
Vasos sanitários fora de uso ou de uso eventual devem ser tampados.
Esfregar com a parte áspera da esponja o fundo e as laterais dos potes de água dos animais (cachorro, gato, pássaros, entre outros).
Lonas usadas para cobrir objetos ou entulho bem esticadas evitam a formação de poças d’água.
Piscinas e fontes devem ser limpas e tratadas com produtos químicos específicos.
O controle do mosquito também depende de ações fundamentais dos governos, como a coleta regular de lixo e o abastecimento adequado de água.
Por que agir uma vez por semana?
O ciclo de vida do Aedes, do ovo até a fase adulta, leva de 7 a 10 dias. Se a verificação e eliminação dos criadouros for realizada uma vez por semana, podemos interromper o ciclo e evitar o nascimento de novos mosquitos.
O ovo do Aedes aegypti é bem escuro e menor que um grão de areia. E depositado pela fêmea do mosquito nas paredes dos criadouros, próximo à superfície d’água, em recipientes ou estruturas artificiais (fabricados pelo homem). Cada ovo pode durar até 1 ano em ambiente seco.
As larvas nascem a partir dos ovos. Elas vivem na água e não gostam de luz forte. Por isso, ao abrir a caixa d’água, por exemplo, elas fogem para cantos sombreados e fica difícil enxergar.
Agindo uma vez por semana impedimos que os ovos se transformem em mosquitos adultos, capazes de transmitir os vírus que causam Dengue, Zika e Chikungunya.
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