Operação da Delegacia Fiscal de Divinópolis mira falsificação de embalagens de sabão em pó
A Receita Estadual de Minas Gerais deflagrou uma nova fase de sua campanha de combate ao comércio de sabão em pó ilegal. Desta vez, a operação, batizada de “Que Papelão”, focou na origem da embalagem falsa, mirando uma gráfica na capital mineira que, segundo suspeitas, produzia recipientes para o produto clandestino. A ação, conduzida pela Delegacia Fiscal de Divinópolis e pelo Núcleo de Atividades Fiscais Estratégicas (Nafe), é mais um capítulo em uma série de investidas contra fraudes na cadeia de produção e distribuição de produtos de limpeza.
Mecanismo de fraude e estratégia de dissimulação
Durante a fiscalização, auditores constataram a produção de embalagens secundárias com logotipos e elementos visuais de marcas registradas, sem autorização legal. Segundo o subsecretário da Receita Estadual, Osvaldo Scavazza, os documentos fiscais eram emitidos em nome de empresas não autorizadas pela marca original e o pagamento era feito por CNPJs de empresas de fachada, uma tentativa clara de esconder a real natureza da operação e a sua finalidade ilícita.
Essa operação é fruto de um trabalho de inteligência fiscal que já resultou em mais de 50 ações desde abril de 2024. As fases anteriores, como as operações Limpeza Profunda, Mau Despacho e Sabão Odores, concentraram-se no desmantelamento de fábricas clandestinas e na interrupção da distribuição das mercadorias falsificadas.

Tecnologia a serviço da investigação e da justiça
Para aprofundar as investigações e identificar outros envolvidos, a Receita Estadual realizou a duplicação forense dos dados digitais encontrados na gráfica. Esse material será analisado por uma auditoria especializada para apurar todos os fatos.
O subsecretário Scavazza destacou que o combate a esse tipo de fraude exige uma resposta técnica e integrada do Fisco, pois as organizações criminosas mudam frequentemente seus locais de atuação para evitar a identificação. A operação “Que papelão” reforça o compromisso da Receita Estadual de Minas Gerais com o combate aos crimes contra a ordem tributária e com a defesa da concorrência leal e da segurança do consumidor, contando com a participação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Com informações da Agência Minas
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