Pará de Minas poderá ser indenizada por crime da Vale e prefeito promete para agosto obras da adutora do Rio Pará
Depois que Pará de Minas foi um dos municípios atingidos diretamente pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho no dia 25 de janeiro de 2019, foi criado o Comitê de Gestão e Avaliação de Resposta ao Desastre, que tratou de vários assuntos envolvendo o crime ambiental, mas principalmente a questão hídrica.
Pará de Minas era abastecida através de uma adutora instalada no Rio Paraopeba que foi gravemente poluído pela lama de rejeitos da barragem da mineradora. Com isso, alguns dias depois a captação de água foi paralisada e a cidade passou a ser abastecida pelos córregos e mananciais.
O Comitê se reuniu diversas vezes com representantes da Vale e junto à Águas de Pará de Minas e o Ministério Público da Comarca de Pará de Minas firmaram um Termo de Compromisso com algumas exigências que a mineradora deve cumprir.
Nas reuniões mensais discute-se o andamento das obras firmadas e se a Vale tem cumprido os prazos definidos também no Termo de Compromisso. Fazem parte do comitê representantes da Prefeitura de Pará de Minas, Agência Reguladora dos Serviços de Água e Esgoto de Pará de Minas (ARSAP), Águas de Pará de Minas, CREA-MG, Grupo Mais, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Grupo Mais e Observatório Social de Pará de Minas. Outros setores e entidades também são convidados para ajudar a traçar estratégias.
O prefeito Elias Diniz (PSD) lamenta o desastre, o classifica como crime ambiental e ressalta a força dos municípios atingidos em reaver da Vale os danos causados. Pará de Minas por exemplo conseguiu firmar o TAC e hoje não falta água na cidade:
Elias Diniz
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A expectativa é que em agosto seja dada ordem de serviço para início da construção da adutora do Rio Pará. O sistema é complexo, com muitos detalhes burocráticos, mas o prefeito afirma que o prazo deverá ser cumprido:
Elias Diniz
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Além do Termo de Compromisso firmado com o Município, a Vale terá que ressarcir outros danos através de indenizações:
Elias Diniz
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O Comitê de Gestão e Avaliação de Resposta ao Desastre foi formado com intuito de duração de seis meses, mas pode e deve ser prorrogado visto que os processos ainda não estão concluídos como no caso da adutora e a indenização por danos ambientais causados pela Vale.
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