Inácio Franco diz que foi dele a ideia de construir nova adutora para abastecer Pará de Minas e cobrar da Vale
As discussões em torno da possível volta do racionamento de água é assunto predominante entre os paraminenses. Até o início da tarde de 25 de janeiro ninguém pensava nessa possibilidade.
Todos estavam tranquilos porque a concessionária Águas de Pará de Minas investiu mais de R$ 40 milhões para construir uma adutora e captar água no Rio Paraopeba, no distrito de Córrego do Barro, colocando fim ao sofrimento do povo paraminense.
Mas o rompimento da barragem da Vale no município de Brumadinho trouxe de volta o fantasma do racionamento de água. O Rio Paraopeba está contaminado e sua água não pode ser usada para nada.
A captação para abastecer Pará de Minas está suspensa desde a noite de 29 de janeiro. É fato que em tempos chuvosos, como este início de ano, a água captada no Ribeirão Paciência, Córrego dos Paivas e poços artesianos é suficiente para abastecer a população Também é uma verdade comprovada por anos seguidos que em tempos de estiagem esses mananciais chegam até a secar.
Ciente dessa possibilidade os integrantes do Comitê Municipal de Gestão e Avaliação ao Desastre cobram ações imediatas da mineradora Vale a construção de nova adutora para captar água no Rio Pará e devolver ao município os 284 litros por segundo que ela tirou da população.
A novidade nesse processo é a declaração do deputado estadual Inácio Franco (PV) ao se manifestar sobre o assunto. Ele afirma que foi ideia dele a construção de nova adutora para abastecer a cidade custeada pela Vale:
Inácio Franco
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O prefeito Elias Diniz (PSD) declarou na noite de segunda-feira, 25 de fevereiro, durante audiência pública de prestação de contas do Executivo realizada na Câmara Municipal que a nova adutora do Rio Pará custaria cerca R$ 126 milhões.
Porém, Inácio Franco discorda desse valor. O deputado acredita que com metade desse dinheiro é possível executar a obra e garantir o abastecimento de água em Pará de Minas:
Inácio Franco
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O município de Governador Valadares que foi atingido em cheio pelos rejeitos da barragem da Samarco, que tem a Vale como uma de suas controladoras, também enfrenta dificuldades para abastecimento de água mais de três anos após a tragédia na barragem do Fundão. Isso por que os sedimentos contaminaram o Rio Doce.
O município firmou um acordo no valor de R$ 155 milhões com a Fundação Renova (responsável pela mobilização para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana), para a construção de nova adutora de 35 quilômetros de extensão para captar a água do rio Corrente Grande e transportar até as Estações de Tratamento de Água (ETA), cujas obras estão em andamento.
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