Superintendente afirma que a Turi aguarda parecer do TCE para investir em frota, serviços e reajustar salários
Neste ano os paraminenses acreditavam que enfim, os problemas envolvendo o transporte público coletivo no município seriam resolvidos. A Prefeitura de Pará de Minas abriu licitação para contratar empresa que ficará responsável pelo serviço nos próximos 15 anos.
Somente a Turi, atual gestora do serviço, participou do certame, apresentou toda a documentação exigida e a proposta comercial passando a passagem para R$ 3,50 e venceu a licitação.
Porém, após denúncia de uma empresa que sequer participou da licitação, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Minas Gerais suspendeu o processo por supostas irregularidades no edital.
De acordo com o TCE, é clara a violação à isonomia entre os licitantes beneficiando a Turi. Além disso, há o receio de um potencial dano financeiro ao Município, já que o valor do contrato está orçado em R$ 88.278.225,10.
A Prefeitura de Pará de Minas imediatamente acatou as ordens do TCE que inclusive intimou o prefeito Elias Diniz (PSD) e alguns secretários municipais para esclarecimentos.
A reportagem do Portal GRNEWS apurou também que o Município já enviou ao tribunal uma longa lista de documentos e pareceres que comprovam que o edital não contem irregularidades e solicita o prosseguimento do processo licitatório.
O prefeito se manifestou à imprensa dizendo acatar as ordens mas a Turi ainda não havia se pronunciado. O superintendente da empresa, Djalma Rocha Junior, falou sobre esse tema com a reportagem do Portal GRNEWS, informando que a concessionária também foi pega de surpresa e agora aguarda um posicionamento para saber quais serão os próximos passos:
Djalma Rocha Junior
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O dia 15 de outubro foi a data marcada para assinatura do contrato para que a Turi pudesse iniciar os trabalhos de acordo com o exigido pelo edital da licitação.
Um planejamento já havia sido feito pelo setor responsável da empresa para que todas as exigências fossem cumpridas o mais rápido possível. A intenção era que novos e modernos ônibus começassem a funcionar ainda neste ano. Mesmo sem o contrato assinado o superintendente garante que a empresa continua investindo:
Djalma Rocha Junior
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O impasse entre Turi e Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário, que representa os funcionários, continua. O sindicato quer reajustar o salário dos colaboradores, a empresa faz contra propostas, mas nada é decidido. Há inclusive ameaça de greve por parte de funcionários caso a situação não seja resolvida.
Djalma Rocha explica que sem um contrato a empresa não tem garantias que pode investir na frota, serviços oferecidos e funcionários. Sem contar que há mais de dois anos a passagem não é reajustada:
Djalma Rocha Junior
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A reportagem do Portal GRNEWS também apurou que houve mudanças em relação aos passes livres. A Turi não cortou nenhum dos benefícios porém houve reuniões entre representantes da empresa e Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social para alinhar os trabalhos.
Anteriormente, 26% dos usuários possuíam passe livre. Foram feitos recadastramentos e outras ações de combate a irregularidades e hoje o número está em 19%. A informação é que cerca de 7% de passes excluídos apresentam erros de emissão.
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