Reformas prejudicam o trabalhador que está virando mendigo no Brasil com a perda de direitos, diz sindicalista

O ano de 2019 não foi muito bom para o trabalhador. Esta é a conclusão do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Pará de Minas, Francisco Ferreira Borges.

Ele avalia que há muito tempo o trabalhador não tem reajuste salarial, apenas a recomposição com base na inflação. Isso está achatando o salário e fazendo com que o trabalhador perca o poder de compra com o custo de vida muito alto.

Para ele perda de direitos com as reformas feitas pelo governo federal, com aval de deputados federais e senadores, é outro problema que atinge diretamente quem trabalha no Brasil.

O sindicalista argumenta que em Pará de Minas as recomposições salariais foram muito baixas em 2019. Quem trabalha no setor de cargas conseguiu apenas 5.07%. Já os trabalhadores que atuam no transporte de passageiros interurbanos obtiveram cerca de 4% de recomposição salarial.

Para ele o principal problema é a Turi. Após oito meses de espera, reuniões e discussões, enfim, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pará de Minas firmou acordo com a Turi, reajustando os salários dos funcionários.

Desde março eles discutiam o aumento salarial, mas não chegavam a um acordo. No dia 26 de novembro fizeram nova reunião e a Turi aceitou a proposta do sindicato.

O reajuste concedido foi de 3,9304%. Os motoristas que recebiam R$ 1.508,28, passam a ganhar R$ 1.567,71. Os cobradores recebem o salário mínimo, R$ 998, este sendo reajustado a cada ano conforme o aumento dado pelo governo federal.

Já os fiscais recebiam R$ 1.312,86 e passam a ganhar mensalmente R$ 1.364,59. Os outros empregados terão aplicação do índice de 3,9403% a partir de 1º de março deste ano, exceto quem recebe salário mínimo. O ticket alimentação também foi reajustado de R$ 142,03 para R$ 147,62.

Francisco Ferreira Borges ficou feliz em resolver a questão que se arrastava durante meses, mas não ficou satisfeito, pois queria um reajuste maior. Argumenta que em Itaúna os trabalhadores que atuam no transporte coletivo urbano recebem salário bem maior que os colegas de Pará de Minas:


Francisco Ferreira Borges
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Francisco Ferreira Borges também falou ao Portal GRNEWS sobre as ações do primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro. Argumenta que estão tentando mudar muita coisa. Porém, as reformas feitas com aval de deputados federais e senadores só prejudicam o trabalhador que está virando mendigo com a perda de tantos direitos:

Francisco Ferreira Borges
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O sindicalista Francisco Ferreira Borges espera que as coisas melhorem para o trabalhador em 2020, pois até agora foram muitas perdas:

Francisco Ferreira Borges
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Ainda sobre a Turi, a empresa argumenta que não tem como melhorar muito o salário dos trabalhadores, uma vez que vem operando em Pará de Minas em caráter precário, ou seja, sem contrato com o município. Com isso, a empresa não pode reajustar a tarifa do transporte coletivo urbano. A licitação foi feita pela Prefeitura de Pará de Minas, que teve somente a Turi como participante e consequentemente vencedora, foi cancelada pela Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE).

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