Aumentam rumores de nova paralisação e sindicalista diz que nada acordado com os caminhoneiros foi cumprido
Nas mídias sociais multiplicam-se grupos e conversas onde o assunto é um só: uma possível paralisação de caminhoneiros no próximo fim de semana. Entidades que representam a categoria afirmam que nenhuma paralisação está prevista e que segue negociando com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
No dia 21 de maio de 2018 milhares de caminhoneiros pararam seus veículos nas rodovias brasileiras e só voltaram ao trabalho dez dias depois. Eles exigiam redução nos preços do óleo diesel, que subiram mais de 50% em um ano, e também a fixação de uma tabela mínima para os valores de frete.
Esta paralisação parou o Brasil. Sem combustíveis nos postos, prateleiras vazias nos supermercados, escolas suspenderam as aulas porque não havia mais merenda para os alunos e em alguns municípios até serviços básicos de saúde foram interrompidos.
O país conseguiu perceber a importância do caminhão nas estradas que transporta comida, insumos e tudo que necessitamos no dia a dia, apesar de todos os impostos que paga e das estradas sem a mínima condição de tráfego.
E agora há uma nova possibilidade de greve. Estima-se mais de 200 grupos no WhatsApp formado por caminhoneiros que já trabalham nesta paralisação no sábado, 30 de março. Mas não existe nada oficial.
O presidente do Sindicato da União Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José Natan Emídio Neto, negou em nota uma nova greve porém, segundo ele, há muitos motivos para os motoristas pararem as atividades.
Esta possibilidade de nova paralisação também repercute no Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Pará de Minas, que também não confirma nenhuma paralisação.
O presidente, Francisco Ferreira Borges, disse que o governo cumpriu inicialmente o que foi acordado em maio passado, mas atualmente os preços sobem constantemente. Somente no mês de março foram cinco aumentos seguidos do preço do litro do diesel.
O sindicalista concorda com nova paralisação desde que o profissional fique em casa e não nas estradas:
Francisco Ferreira Borges
franciscoparalisacao1
No que se refere ao preço do diesel e da tabela de fretes, Francisco Ferreira Borges reafirma que o acordo não está sendo cumprido e os caminhoneiros precisam pressionar o governo:
Francisco Ferreira Borges
franciscoparalisacao2
Inicialmente, a greve não parece ter a mesma força da paralisação de maio do ano passado. O governo tem monitorado todas as conversas e quer evitar o movimento a todo custo.
Wallace Landim, o Chorão, é presidente das associações que representam os caminhoneiros e se encontrou na semana passada com o ministro chefe da Casa Civil, OnyxLorenzoni, e a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Ele foi informado que até a próxima semana o presidente Jair Bolsonaro vai se manifestar sobre as reinvindicações.
A categoria exige respeito ao piso mínimo da tabela de frete, implantação de mais pontos de parada e descanso e uma intervenção para controlar os aumentos no preço do óleo diesel.
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