Instituto Étnico Mbari consolida movimento de consciência negra em Pará de Minas e planeja inaugurar museu em 2023

O Instituto Étnico Mbari foi idealizado por Antônio Carlos Lucas, advogado e Procurador Jurídico da Câmara Municipal de Pará de Minas, no ano de 1999. A partir de um ideal e por notar a necessidade de mostrar o valor da cultura negra no município.

Ele se uniu a alguns amigos, realizaram os primeiros encontros, e deram início a um movimento de consciência negra com objetivo de combater o racismo, preconceito e discriminação.

Passados pouco mais de dois anos após sua fundação em 13 de maio de 1999, o movimento se transformou no Instituto Étnico Mbari, em 20 de setembro de 2001.

Além de trabalhar temas relacionados as questões de igualdade racial, o instituto também oferece outras atividades como capoeira, dança, artes cênicas, espetáculos, entre outros.

O advogado e procurador Jurídico da Câmara Municipal de Pará de Minas, Antônio Carlos Lucas, idealizador do movimento há mais de duas décadas, recorda como foram as primeiras reuniões e seus participantes. Também explicou ao Portal GRNEWS os motivos que o levaram a propor a criação de um movimento de consciência negra no município, que mais tarde se tornou o Instituto Étnico Mbari:


Antônio Carlos Lucas
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A partir das primeiras reuniões os integrantes entenderam a necessidade de realizar eventos para divulgar a cultura negra. Em alguns com participação de pessoas de destaque que vieram até a assumir ministério no governo federal. Neste contexto, ele destaca que a primeira Missa Afro em Pará de Minas foi idealizada pelo Mbari e celebrada na capela do Instituto Coronel Benjamin Ferreira Guimarães, o Patronato, cedida pelos padres Salesianos:

Antônio Carlos Lucas
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Salienta a importância desse movimento de consciência negra para trazer a luz temas importantes e desmitificar questões que são abordadas de maneira equivocada pelas pessoas sobre a cultura negra, talvez sem o devido conhecimento, como é o caso das religiões de matriz africana. Para ele ainda existem diferenças, mas elas certamente serão extintas, porque todos são iguais:

Antônio Carlos Lucas
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O fundador do Instituto Étnico Mbari ressalta que essas diferenças e preconceitos ficaram muito claras recentemente em episódios em que negros foram agredidos ou mortos por pessoas brancas, tanto no Brasil, quanto no exterior. Pondera que isso precisa ser mudado através da educação que começa em casa, no ambiente familiar:

Antônio Carlos Lucas
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Ele concorda que para mudar este quadro preocupante que faz destacar as diferenças entre pessoas que deveriam se tratar como iguais, falta a muita gente uma palavra que está no nome do movimento negro: consciência. A partir daí tudo pode mudar:

Antônio Carlos Lucas
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O governo Lula que assumiu em 1º de janeiro de 2023 é composto por 37 ministérios. Entre eles, o dos Povos Indígenas, comandado por Sônia Guajajara; Ministério da Igualdade Racial sob a direção de Anielle Franco e a pasta dos Direitos Humanos e Cidadania, liderado por Sílvio Almeida. Ao analisar estas mudanças no governo, o advogado Antônio Carlos Lucas, espera que esses ministros tenham verbas e apoio para implementar as políticas públicas necessárias:

Antônio Carlos Lucas
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O presidente Valmir José Costa Diniz também falou ao Portal GRNEWS que é uma alegria fazer parte do Instituto Étnico Mbari. Mais que isso, é um propósito de vida. Destaca as atividades desenvolvidas e antecipa a criação de um museu do Mbari com inauguração prevista para este ano:

Valmir José Costa Diniz
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Acrescenta que o Instituto Étnico Mbari continuará desenvolvendo seus projetos que difundem a cultura negra visando manter as tradições e acabar com a desinformação sobre alguns temas, inclusive, sobre o que gera a intolerância religiosa:

Valmir José Costa Diniz
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O Instituto Étnico Mbari não tem um número certo de integrantes. Valmir José Costa Diniz afirma que o público do movimento de consciência negra é flutuante. As atividades são desenvolvidas na sede do instituto, localizada na Rua Rouxinol, Bairro São Cristóvão, em Pará de Minas.

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