Lixo reciclável que poderia gerar emprego e renda é descartado de forma irregular, diz presidente do CODEMA
Um relatório de uma pesquisa feita pela Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que um terço do lixo descartado na América Latina poderia ser reciclado, reduzindo o uso dos recursos naturais e contribuindo com o meio ambiente.
A situação é preocupante porque a população mundial aumenta a cada ano e com isso a geração de resíduos também cresce. Alguns materiais, como é o caso do plástico, por exemplo, a natureza leva muitos anos para absorver.
A maioria dos municípios brasileiros ainda não conseguiram implantar uma estrutura que faça a destinação correta. O resultado tem sido o descarte de muito lixo que poderia ser reaproveitado e gerar emprego e renda.
O lixo doméstico tem ainda o agravante de concentrar resíduos perigosos, como baterias, celulares, equipamentos elétricos e eletrônicos e remédios vencidos, entre outros.
Parte do lixo doméstico é formada por elementos secos, como metais, papéis, papelão, plásticos, vidro e têxteis. A reciclagem desses itens ainda é reduzida, em geral abaixo de 20%.
Mas na avaliação do biólogo José Hermano de Oliveira Franco, presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (CODEMA), o índice de lixo descartado de forma errada é maior que um terço:
José Hermano de Oliveira Franco
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O ambientalista acredita que falta boa vontade dos governos de todas as esferas para que o trabalho seja executado. Ressalta que exige altos investimentos, montagem de uma boa equipe e muito esforço que precisa ser feito nas cidades:
José Hermano de Oliveira Franco
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Em Pará de Minas a prefeitura mantém um aterro sanitário às margens da BR-352. A coleta seletiva é realizada pela Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis (ASCAMP), mas precisa de mais apoio da população que insiste em não separar o lixo.
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