Funcionários dos Correios em Pará de Minas aderem à greve nacional por manutenção dos direitos trabalhistas

Quem passou na região central de Pará de Minas na manhã desta terça-feira, 25 de agosto, constatou que os carteiros paraminenses aderiram à greve nacional. Desde o dia 17 de agosto os 36 sindicatos que representam os trabalhadores de todo o território nacional aprovaram a Greve Geral por tempo indeterminado.

Os profissionais concursados reivindicam os direitos trabalhistas de volta, já que segundo eles houve recentemente uma retirada histórica dos direitos já adquiridos. O acordo coletivo estava garantido até 31 de julho de 2021 após decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu os efeitos desta vigência, excluindo 70 cláusulas das 79 do atual acordo.


Segundo a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) há anos não há lucro. Dados contestados pelos sindicatos que apresentaram o balanço contábil dos últimos anos. Em 2017 o lucro foi de R$ 667 milhões; em 2018, R$ 161 milhões; R$ 102 milhões em 2019; e até julho de 2020 o lucro foi de R$ 383 milhões.

Em Pará de Minas todos os entregadores aderiram à greve e saíram da Central de Distribuição (CD) da Rua Nova Serrana indo até a agência no Centro. Com apitos, cartazes e faixas eles mostraram à população o motivo de estarem de braços cruzados frente aos problemas enfrentados.

Alexandre Aparecido dos Santos está nos Correios há sete anos. Ao Portal GRNEWS ele destaca as principais reivindicações dos profissionais:


Alexandre Aparecido dos Santos
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O carteiro conta ainda que nestes sete anos de empresa ele não viu nenhum benefício sendo concedido aos funcionários, apenas vantagens para que servidores saíssem ou se aposentassem.

Destaca ainda que os Correios ajudaram muitas empresas a crescerem durante este período de pandemia, onde o e-commerce foi ainda mais utilizado:

Alexandre Aparecido dos Santos
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Além disso a ECT foi declarada serviço essencial durante a pandemia e devido a isso Alexandre dos Santos acredita que os funcionários deveriam ser ainda mais valorizados. Destaca ainda que a privatização não é garantia de melhoria nos serviços:

Alexandre Aparecido dos Santos
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Muita gente acredita que quando uma categoria entra em greve, continua recebendo normalmente. Alexandre dos Santos explica que é o contrario. Cada dia parado é descontado nos salários dos funcionários, mas mesmo assim todos estão juntos pela valorização dos profissionais:

Alexandre Aparecido dos Santos
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A greve foi declarada no dia 17 de agosto e não há prazo para encerrar. Nesta terça-feira, 25 de agostos, os Correios entraram com um dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), conforme publicado pelo Portal GRNEWS.

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