Brasil supera 30 milhões de emissões da Nova Carteira de Identidade Nacional

Mais de 30 milhões de brasileiros já possuem a Nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), um marco que reflete o avanço na padronização e segurança da identificação civil no país. Os dados, consolidados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública até 23 de julho, mostram o impacto do documento que estabelece um padrão único para todo o território nacional, com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) como principal identificador.

A CIN é um instrumento crucial para o governo brasileiro na luta contra fraudes, na melhoria dos cadastros administrativos e na oferta de serviços mais eficientes. O documento incorpora recursos de segurança avançados, como o QR Code (presente tanto na versão física quanto na digital), que contém uma assinatura digital garantindo autenticidade e dificultando falsificações.

Como obter e os benefícios da integração digital
A primeira via da CIN é gratuita e pode ser emitida em todas as unidades da Federação. Para solicitá-la, é necessário apresentar a certidão de nascimento ou de casamento.

Além de sua função de identificação, a CIN possibilita um acesso mais seguro (conta Ouro) aos milhares de serviços digitais disponíveis no portal GOV.BR, com a perspectiva de que, futuramente, os serviços possam ser oferecidos de forma ainda mais automatizada.

Um dos pilares da CIN é o uso da biometria, que fortalece a segurança tanto para o cidadão quanto para o governo. Em 23 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que regulamenta o uso da biometria na concessão, renovação e manutenção de benefícios da seguridade social. A implementação será gradual, concedendo mais tempo para que os atuais beneficiários se adequem. A CIN será a base de referência para esse cadastro. “Queremos um Estado mais moderno, eficiente e próximo de cada cidadão. Um governo para cada pessoa”, afirmou o presidente em postagem na rede social X.

Aplicativo de validação e o caminho para a cidadania plena
No mesmo evento, foi lançado o aplicativo oficial da CIN, uma ferramenta desenvolvida para a validação gratuita e rápida dos dados do documento. O aplicativo permite verificar se o QR Code da carteira foi de fato emitido pelo ministério, operando em dois modos: o detalhado (online, com todas as informações da base nacional) e o parcial (offline, verificando CPF e data de nascimento).

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou que a CIN tem como principal objetivo resolver a fragmentação do sistema de identificação civil no Brasil e promover o pleno exercício da cidadania. “Sabemos que é preciso avançar para que os mais de 210 milhões de brasileiros tenham o novo documento. Essa é a prioridade do governo Lula”, pontuou.

Panorama das emissões: estados, regiões e faixas etárias
Em termos de proporção da população, o Piauí se destaca como a Unidade da Federação com o maior número de emissões da CIN, registrando 1,25 milhão de documentos (37% da população do estado). Em seguida, vêm Acre (27,6%), Alagoas (23,9%), Mato Grosso (23,7%) e Rio Grande do Sul (21,9%).

Considerando a quantidade total de documentos emitidos, São Paulo, o estado mais populoso do país, lidera com 4 milhões de emissões (8,7% de sua população). Minas Gerais aparece em segundo lugar (3,7 milhões), seguido por Rio de Janeiro (2,48 milhões) e Rio Grande do Sul (2,45 milhões).

Na divisão por regiões, a Sudeste concentra a maior parte das emissões, com 10,7 milhões de documentos, seguida pelo Nordeste (8,4 milhões), Sul (6,1 milhões), Centro-Oeste (3,2 milhões) e Norte (1,5 milhão).

Analisando a faixa etária, os mais jovens respondem pela maioria das emissões: 11% do total correspondem à faixa entre 15 e 19 anos, 8,64% à de 10 a 14 anos, e 7,17% à de 25 a 29 anos.

Inclusão para Pessoas com Deficiência
A Nova Carteira de Identidade Nacional também promove a inclusão ao permitir a inclusão de símbolos internacionais que identificam pessoas com deficiência. Isso abrange deficiência visual e/ou auditiva, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e deficiência intelectual, consolidando direitos importantes. Até 23 de julho de 2025, mais de 493 mil emissões de CIN foram para pessoas com deficiência. Desse total, 53% (283 mil) são registros de indivíduos com TEA, 17% (90 mil) com deficiência intelectual, 15,8% (83 mil) com deficiência física, 7,4% (39 mil) com deficiência visual e 5,65% (29,7 mil) com deficiência auditiva. Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do Brasil

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