Comitê Olímpico dos EUA proíbe mulheres trans em competições femininas
O Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA (USOPC) implementou uma alteração em sua “Política de Segurança do Atleta” (PSA), vetando a participação de mulheres transgêneros em competições femininas no país. A modificação, discreta em sua publicação inicial de 18 de junho, foi oficializada no site em 21 de julho com a inclusão de um trecho que confirma a adesão à ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump em fevereiro. Essa decisão terá implicações diretas para a próxima Olimpíada, que será sediada em Los Angeles, na Califórnia.
A Ordem Executiva 14201, intitulada “Proibida a Entrada de Homens em Esportes Femininos”, prevê o cancelamento de fundos para organizações que permitam a participação de atletas transgêneros em esportes femininos. A medida cumpre uma promessa de campanha eleitoral de Trump, que defendia “manter os homens fora dos esportes femininos”.
Obrigação federal e impacto nas federações esportivas
Sarah Hirshland, diretora-executiva do USOPC, e Gene Sykes, presidente, declararam em carta que, “como organização federal, temos a obrigação de cumprir as expectativas federais”. Eles acrescentaram que a “política revisada enfatiza a importância de garantir ambientes de competição justos e seguros para as mulheres” e que “todos os órgãos governamentais nacionais são obrigados a atualizar suas políticas aplicáveis em conformidade”.
A nova diretriz do USOPC foi comunicada a diversas federações, incluindo as de natação, atletismo e esgrima, que agora devem se adequar à ordem executiva. O USOPC supervisiona cerca de 50 entidades governamentais nacionais que atuam em todos os níveis do esporte, desde a base até a elite. Na prática, clubes que desejam manter sua filiação a essas federações também serão compelidos a modificar suas regras de acesso para atletas transgêneros em competições.
A National Collegiate Athletic Association (NCAA), que regulamenta os esportes universitários nos Estados Unidos, foi a primeira entidade a ajustar sua política de participação de atletas transgêneros em competições femininas, acatando a ordem executiva de Trump um dia após a assinatura do documento. Com informações da Agência Brasil

