Comitê de crise apresenta relatório das ações executadas em Pará de Minas após tragédia da Vale em Brumadinho

O rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho há exatamente três meses, em 25 de janeiro, impossibilitou a captação de água no Paraopeba e Pará de Minas passou a ser abastecida pelo ribeirão Paciência e o córrego de Paivas, foi montado um comitê de crise para gerenciar os impactos causados no município.

Nos meses de fevereiro e março, os encontros entre representantes de vários segmentos que fazem parte do comitê eram praticamente semanais para traçar estratégias e cobrar da Vale ações imediatas para minimizar os danos.

Após a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no dia 18 de março, ficou firmado o compromisso da Vale em ressarcir o município. Uma adutora de 47 quilômetros irá ligar o rio Pará à Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada no bairro Nossa Senhora das Graças e poderá abastecer Pará de Minas. Ficaram definidas também a construção de um reservatório nos córregos Moreiras e Cova Danta para auxiliar neste abastecimento e a perfuração de poços artesianos.

Agora o comitê tem se reunido uma vez por mês para apresentação de dados e definição de novas medidas. Nesta quinta-feira (25) mais uma reunião foi realizada com a presença de representantes da prefeitura, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Águas de Pará de Minas, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-MG) e Agência Reguladora do Serviço de Água e Esgoto (ARSAP).

Após o encontro o prefeito Elias Diniz (PSD) explicou que foi apresentado o relatório do que a mineradora Vale executou até agora. Destacou que o reservatório já está pronto para uso e o município conseguiu as outorgas necessárias para que comece a funcionar quando necessário. Obteve também a autorização para construção da adutora e captação de água no rio Pará. O desafio agora, segundo ele, é recuperar os mananciais de Pará de Minas:

Elias Diniz
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O trabalho nos mananciais será de recarga, potencialização e produção de água. O objetivo é ajudar na recuperação do rio Paraopeba e tudo isso será feito pela mineradora de forma compensatória.

Outro assunto discutido durante a reunião foi a indenização das pessoas que moram próximas ao Paraopeba e de alguma forma tiveram prejuízos após o rompimento da barragem.

Segundo Elias Diniz, após os encontros com os moradores das comunidades rurais, foi feito um levantamento e apenas 18 famílias tem direito à indenização. Ele cita que o distrito de Córrego do Barro não foi incluído e explica como estas famílias devem proceder para receber os valores pagos pela Vale:

Elias Diniz
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O prefeito Elias Diniz também reafirmou que a mineradora Vale está cumprido todos os prazos estipulados no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC):

Elias Diniz
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A outorga autoriza o município a captar 284 litros por segundo de água do rio Pará. O projeto para construção da adutora está sendo finalizado, as obras devem ter início em junho de 2019 e deve ser entregue até 15 de março de 2020, como aponta o TAC.

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