Governo libera novos agrotóxicos no país e ambientalista paraminense discorda da medida

O Ministério da Agricultura aprovou 51 novos agrotóxicos na segunda-feira,22 de julho, totalizando 262 só neste ano, para serem utilizados nas lavouras brasileiras. O ritmo acelerado deste tipo de liberação é o mais alto já visto e preocupa especialistas.

O Greenpeace emitiu uma nota criticando a medida. Segundo a organização ambiental, todos podem produzir sem agrotóxicos respeitando a saúde das pessoas e o meio ambiente. Disseram ainda que as decisões do governo colocam o povo brasileiro em risco.

Para liberar um produto como o agrotóxico, é precisa aprovação de três órgãos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia os riscos à saúde, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) os perigos ambientais e o Ministério da Agricultura avalia se o produto é capaz de matar pragas e doenças no campo, ficando responsável ainda pela formalização do registro.

Enquanto outros países tentam ao máximo diminuir a quantidade de agrotóxicos liberados e consequentemente o uso nas lavouras, o Brasil vai na contramão, como afirma o biólogo José Hermano de Oliveira Franco que não aprova essa quantidade de produtos no mercado.

Ele ainda sugere o incentivo às plantações menores, dos agricultores familiares, que não utilizam agrotóxicos e trazem mais qualidade de vida à mesa do consumidor:

José Hermano de Oliveira Franco
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Toda pessoa que cozinha sabe e até mesmo na internet há centenas de receitas explicando como tirar o agrotóxico do alimento. Algumas dão certo desde que o produto esteja apenas na casca da verdura ou fruta. Mas quando o inseticida ou pesticida já entrou no alimento, fica complicado retirar. José Hermano tem esta opinião:

José Hermano de Oliveira Franco
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Acredita ainda que os governos municipais e estaduais devem incentivar o uso de alimentos naturais com informações, palestras e o que for necessário para estimular a alimentação saudável que trará resultados positivos a médio e longo prazo:

José Hermano de Oliveira Franco
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Após a liberação dos novos agrotóxicos o Ministério da Agricultura divulgou o novo marco regulatório para este tipo de produto. A medida torna mais claros os critérios de avaliação e classificação com mudanças na rotulagem, novas informações, palavras de alerta e imagens que ajudam a identificar os perigos à vida e à saúde humana.

A partir de agora os produtos extremamente tóxicos e altamente tóxicos terão uma faixa vermelha no rótulo; os moderados, que ficam na categoria três, terão faixa amarela; os produtos poucos tóxicos ou os improváveis de causar dano agudo usarão uma faixa azul; e terão a verde os produtos não classificados.

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