Com UTI lotada e fila de espera, paraminenses são transferidos para Caratinga; Comitê fecha parques, praças e pontos turísticos

O Portal GRNEWS acompanhou a reunião virtual dos membros do Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde da Covid-19 na tarde desta segunda-feira, 24 de maio. A cidade está enquadrada na onda vermelha do Minas Consciente e tem registrado aumento no número de casos suspeitos, confirmados e mortes em decorrência do novo coronavírus.

O prefeito Elias Diniz (PSD) foi o primeiro a se manifestar na reunião. Explicou a situação de Pará de Minas, onde o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) e o Hospital Municipal Padre Libério estão com 100% de ocupação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e semi leitos intensivos, respectivamente. No fim de semana por exemplo, dois paraminenses foram levados de helicóptero para Caratinga, devido a gravidade do quadro clínico.

Ainda segundo o prefeito, o intuito é incluir os professores nas próximas etapas de vacinação e assim que todos estiverem imunizados, as aulas podem retornar, com expectativa de retomada em agosto.

Quem também se pronunciou durante a reunião foi Wilson, que representou os clubes paraminenses e pediu pela reabertura dos espaços.

Já Fernanda Faria representou as escolas particulares de Pará de Minas e questionou as ações do Município. Em sua fala, ela destaca que a cidade não precisa seguir o Minas Consciente para retornar às aulas, dizendo ainda que basta chegar uma data comemorativa que o comitê reabre o comércio normalmente. Pediu ainda para que o comitê mude o discurso.

Elias Diniz rebateu a fala de Fernanda Faria, apresentando uma pesquisa realizada pelo sindicato que representa as escolas particulares mostrando que crianças e profissionais da educação foram contaminados pela Covid-19 ao retornar às aulas. Disse ainda que caso alguém se sinta lesado pelas decisões, pode recorrer à justiça.

O secretário Municipal de Saúde Wagner Magesty também falou sobre a situação da cidade durante o encontro do comitê. Como já destacado por Elias Diniz, não há vagas em Pará de Minas e segundo Magesty, as macrorregiões Oeste, Sul e Centro não possuem mais vagas e cada vez está mais difícil encontrar leitos para internar os pacientes. Resultado de um relaxamento da população em geral, como definido por ele.

Com as variantes e o vírus cada vez mais forte, atualmente os pacientes tem ficado ainda mais tempo nos leitos de UTI, cerca de 30 a 40 dias. nesta segunda-feira, 24 de maio, há oito pessoas aguardando vagas na terapia intensiva e não há leitos disponíveis em toda a macrorregião.

Após as falas, os membros do comitê votaram por mudanças no decreto. Até o dia 31 de maio está proibida a circulação de pessoas em parques, praças, pontos turísticos e quaisquer ambientes públicos de recreação. A fiscalização será intensificada nestes locais, de acordo o Município.

Os outros setores permanecem com o mesmo funcionamento do decreto anterior.