Eduardo Barbosa vê com perplexidade declarações de Moro que devem ser apuradas pelo STF e CPI no Congresso

O ex-ministro Sergio Moro, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira, 24 de abril. Ele deixou o governo do presidente Jair Bolsonaro após quase 16 meses à frente da pasta da Justiça e Segurança Pública.

Em pronunciamento, Moro lamentou ter que reunir jornalistas e servidores do órgão em meio à pandemia do novo coronavírus, mas ressaltou que saída foi inevitável e não por opção dele.

Disse ainda que pesou para sua decisão o fato de o governo federal ter decidido exonerar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo. Afirmou que não assinou a exoneração, apesar de seu nome aparecer junto ao presidente Jair Baolsonaro em publicação no Diário Oficial da União. Tanto que no início da noite desta sexta (24), o governo federal republicou a exoneração de Valeixo com as assinaturas de Jair Bolsonaro e dos ministros Walter Braga Neto e Jorge Oliveira.

Moro também expôs muitas situações envolvendo Jair Bolsonaro e disse que estava saindo por não aceitar a interferência política do presidente nas investigações da Polícia Federal, entre outras coisas.

O deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB) disse ao Portal GRNEWS ter ficado perplexo com a demissão e com as revelações feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro durante o pronunciamento em que anunciou sua saída do ministério:

Eduardo Barbosa
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Disse ainda acreditar que o Supremo Tribunal Federal (STF) deverá aceitar o pedido de abertura de inquérito feito pelo procurador-geral da República Augusto Aras para investigar as declarações de Sérgio Moro. Acrescenta que o Congresso Nacional também deve instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os fatos narrados pelo ex-ministro:

Eduardo Barbosa
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Divulgação

O parlamentar cita que Sérgio Moro goza de grande credibilidade e que o presidente ao trocar o comando da Polícia Federal em meio a esta crise pode ter consequências sérias:

Eduardo Barbosa
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O presidente Jair Bolsonaro também fez um pronunciamento no fim da tarde desta sexta-feira (24), no Palácio do Planalto, para rebater as acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro, que pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Bolsonaro estava acompanhado de seus ministros e negou que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da Polícia Federal “Não são verdadeiras as insinuações de que desejaria saber sobre as investigações em andamento. Nos quase 16 meses em que esteve à frente do Ministério da Justiça, o senhor Sergio Moro sabe que jamais lhe procurei para interferir nas investigações que estavam sendo realizadas…”.

Para o deputado federal Eduardo Barbosa o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro foi emocional, apelativa e teve como objetivo alimentar suas redes sociais. Porém, o mais grave é o presidente querer uma relação mais direta com o diretor da Polícia Federal:

Eduardo Barbosa
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Até o início da noite desta sexta-feira (24) o presidente Jair Bolsonaro ainda não havia anunciado oficialmente os substitutos de Maurício Valeixo no comando da Polícia Federal e de Sérgio Moro no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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