Grupo Mais se posiciona contrário à construção de nova penitenciária em Pará de Minas

Após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho e o Rio Paraopeba ser contaminado pelos rejeitos de lama, estando atualmente com níveis de mercúrio e chumbo acima do permitido, Pará de Minas foi considerada como uma das cidades atingidas diretamente pelo crime ambiental da mineradora.

O município captava água do rio até a Estação de Tratamento no bairro Nossa Senhora das Graças para então ser distribuída na cidade. O serviço teve que ser paralisado no dia 29 de janeiro e desde então os paraminenses são abastecidos pelos mananciais e poços artesianos.

Dias depois, em 5 de fevereiro, a Prefeitura decretou Situação de Emergência com o objetivo de requerer indenizações e firmar acordos para resolver a situação no município.

Foi instituído ainda o Comitê Municipal de Gestão e Avaliação do Desastre, formado por representantes de vários setores e segmentos. Desde a criação, eles se reúnem mensalmente e discutem os próximos passos para que a Vale compense o município pelos danos causados com a tragédia.

Um dos acordos feitos foi a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Nele a Vale é obrigada a construir um reservatório com capacidade para 100 mil litros de água no distrito de Córrego do Barro, perfurar mais poços artesianos e construir uma nova adutora no Rio Pará para abastecer a cidade.

Tudo referente ao desastre ambiental que impacte em Pará de Minas deve passar pelo comitê. Mas a notícia de construção de uma nova penitenciária na cidade pegou todo mundo de surpresa.

O empresário Rodrigo Campos é membro do Comitê e um dos integrantes do Grupo Mais. Ele garante que o assunto nunca foi discutido nas reuniões onde o Comitê esteve representado e ainda afirma que somente com estratégias concretas é que a Vale realmente indenizará o Município por todos os danos causados:

Rodrigo Campos
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Ele traz ainda sugestões do que a Vale poderia fazer para compensar os danos ambientais causados após o crime ambiental em Brumadinho que atingiu diretamente Pará de Minas:

Rodrigo Campos
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Rodrigo Campos aproveitou para citar os investimentos mínimos que devem ser feitos pela Vale para compensar os danos na região de Pará de Minas:

Rodrigo Campos
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Em março, o Grupo Mais, formado por 27 entidades, publicou um manifesto a respeito do rompimento da barragem e as tratativas que deveriam ser feitas. Nele, foi sugerido que o Comitê criasse uma Ação Civil Pública (ACP) para tratar de questões que vão além da construção de uma nova adutora. Segundo o manifesto, é importante a reparação dos danos não só ao meio ambiente, como também sociais, econômicos e sobretudo, que contemplem diretamente os atingidos.

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