Paralisação não trouxe resultados e nova greve de caminhoneiros é improvável, diz sindicalista

Um ano após a paralisação dos caminhoneiros a categoria continua desembolsando valores ainda maiores para abastecer os veículos e os fretes continuam não agradando os motoristas. Para os autônomos o cálculo atual e a falta de fiscalização para o cumprimento são empecilho, já representantes do agronegócio e indústria argumentar que controlar preços prejudica a atividade econômica.

Para abastecer, por exemplo, o caminhoneiro encontra preços variados nas estradas brasileiras. Em cada estado um cálculo e consequentemente valores bem diferentes.  Em todo o Brasil é pago R$0,32 de tributos federais no valor final, que são a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS).

Já os tributos estaduais variam. Em Minas Gerais, no diesel S10,o motorista paga R$0,57 de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e no final a média do preço desse tipo de combustível é R$3,81. Já para o S500, o ICMS é de R$0,55 e o preço médio para o consumidor é de R$3,71, segundo relatório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Pará de Minas, Francisco Ferreira Borges, a paralisação que durou 10 dias em maio de 2018 não trouxe resultados como o esperado:


Francisco Ferreira Borges
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A única demanda que ele vê atendida foi parar a cobrança do eixo suspenso dos veículos.

Uma das formas de evitar novas paralisações foi a criação do Cartão Caminhoneiro pelo governo federal. Ele funcionará como um cartão pré-pago na compra de diesel somente em postos com a bandeira Petrobras. Após um pré-cadastramento o motorista poderá transferir valores para o cartão e fazer a conversão em litros de óleo diesel para serem utilizados em até 30 dias na rede credenciada. Francisco Ferreira Borges acredita que o cartão não é vantajoso para o caminhoneiro:

Francisco Ferreira Borges
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O presidente do sindicato também não acredita em uma possível paralisação dos caminhoneiros no final deste mês, como tem sido anunciado por motoristas autônomos:

Francisco Ferreira Borges
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A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) disse que vai discutir ao longo desta semana se manterá a previsão de paralisação. Eles reivindicam a política de preços do diesel e a instabilidade.

O governo federal afirmou que o preço do diesel é de responsabilidade da Petrobras e não fará interferências.

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