Pitangui registra índice de infestação elevado e com risco alto de epidemia de Dengue intensifica combate ao Aedes
Conforme publicado pelo Portal GRNEWS, o risco de uma possível epidemia de Dengue em vários municípios da região Centro-Oeste de Minas Gerais é muito alto.
Esta constatação é baseada nos dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), realizado neste mês de janeiro. Isso aumenta risco de crescimento dos casos de arboviroses, já que o Aedes Aegypti transmite Dengue, Vírus Zika e a Febre Chikungunya, cujos casos vem aumentando em Minas Gerais.
Para se ter ideia sobre o risco altíssimo de epidemia de Dengue em municípios da região Centro-Oeste de Minas Gerais, basta analisar os índices do LIRAa publicados pelo Portal GRNEWS.
Levando em conta que o Ministério da Saúde preconiza que o índice de infestação do mosquito transmissor da Dengue deve ser inferior a 1%, os índices na região são alarmantes com risco muito alto de epidemia de Dengue. A doença também mata.
O Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti no município de Bambuí mostrou infestação de 17%; Bom Despacho 16%; Divinópolis 11,3%; Carmo do Cajuru 10,2%; Dores do Indaiá 10%; Itatiaiuçu 9,5%; Igaratinga 8,1%; Pará de Minas 6,8%; Pitangui 6,1%; Passa Tempo 2,9%; Carmópolis de Minas 2,5% e São José da Varginha 2%. Nova Serrana e Itaúna ainda não concluíram o LIRAa.
Os munícipios prometem intensificar ações para reduzir os focos do mosquito e consequentemente o risco alto de epidemia de Dengue. Este o caso de Pitangui, a Sétima Vila do Ouro de Minas Gerais.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da Prefeitura de Pitangui, “mesmo com o intenso trabalho de orientação e de vistoria em imóveis no sentido de detectar e eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti – causador de doenças como a Dengue, Zika e Chikungunya – o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), realizado entre 09 e 13 de janeiro, apontou que Pitangui apresenta um índice de 6,1 % para incidência do Aedes.”
Acrescenta que “o índice do LIRAa registrado em Pitangui segue a tendência de alta verificada na região Centro-Oeste de Minas que, até o momento, tem uma média que vai de 5 a 10% de acordo com a Superintendência Regional de Saúde em informação repassada aos municípios. O período para finalização do LIRAa encerra-se no dia 30 de janeiro.”
Cita também que “na avaliação de autoridades sanitárias e em saúde pública, a condição climática tem influência no LIRAa em função do grande volume de chuvas, aliado ao sol forte que oferecem condições propícias para a proliferação do Aedes.”
O coordenador do Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Pitangui, Thyago Galvão, diz que “soma-se a isso a negligência de determinados cidadãos, donos de residências ou proprietários de lotes vagos, que se descuidam em relação a eliminação de materiais e objetos que são acumuladores de água. Por mais que os agentes de endemias estejam aí, diariamente, realizando seu trabalho educativo e de eliminação dos criadouros do mosquito, combater a dengue é um dever de todos”.
A Prefeitura de Pitangui pretende a partir de agora redobrar as ações de vistorias realizadas pelos agentes de endemias. Uma campanha de conscientização visa destacar a importância de se eliminar possíveis criadouros do Aedes nas residências e imóveis.
Thyago Galvão acrescenta: “vamos intensificar o trabalho educativo com os moradores, a eliminação mecânica, tratamento focal e perifocal. Realizar trabalhos de conscientização nos PSF’s e escolas (quando as aulas voltarem). A intenção é continuar levando informação para que as pessoas continuem vigilantes e eliminem os focos de criadouros do Aedes”.
De acordo com dados do o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti em Pitangui, as regiões dos bairros Chapadâo, COHAB, Padre Guerino e Velho do Taipa são as que apresentam índices mais elevados de infestação do Aedes Aegypti.
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