160 anos de história: saiba mais sobre a primeira casa construída em Pará de Minas

O Município de Pará de Minas comemora na sexta-feira, 20 de setembro, 160 anos de emancipação político-administrativa. Uma história que se confunde com outras cidades da região que cresceram e prosperaram quase que juntas, como Pitangui que era a sétima vila do ouro de Minas Gerais; Divinópolis, conhecida como Princesinha do Oeste; e Pará de Minas que se desenvolveu e hoje é referência no estado em vários setores.

Olhando a cidade hoje é possível ver desenvolvimento e crescimento. A economia ainda tem como destaque a agropecuária, mas o setor de prestação de serviços tem crescido cada vez mais. Grandes prédios também fazem parte da nova vista da cidade, trazendo modernidade especialmente à região central.

Porém, como dizem por aí: não se pode viver o futuro sem pensar no passado e por isso Pará de Minas é referência no que se diz respeito à preservação e conservação dos imóveis. São mais de 20 prédios tombados pelo Município que mostram boa parte da história da cidade. Tem o Asilo Padre José Pereira Coelho, as escolas Frenando Otávio, Governador Valadares e Torquato de Almeida, a Estação Ferroviária, o Fórum Desembargador Pedro Nestor, o Hospital Nossa Senhora da Conceição, entre tantos outros.

Um deles se destaque em todo este patrimônio: o Museu Histórico de Pará de Minas (MUSPAM). O prédio é o mais antigo da cidade e foi construído para a residência de Manuel Baptista, o Patafufo, um dos fundadores de Pará de Minas. No estilo Brasil Colônia, a edificação foi construída no século XVIII e era utilizada por tropeiros que iam para Pitangui mas pernoitavam na casa.

A pesquisadora da história de Pará de Minas e gerente do Museu, Ana Maria Campos, conta que a cidade começou ao redor do imóvel:

Ana Maria Campos
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O imóvel não era apenas a casa que vemos hoje na Rua Manoel Batista. A área era uma grande fazenda que ia até o que conhecemos hoje como bairro Jardim Castelo Branco:

Ana Maria Campos
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Os herdeiros de Adelino Cardoso Ferrão Castelo Branco venderam a casa em 1980 na administração de José Porfírio de Oliveira. Assim que foi adquirido, o prédio recebeu desabrigados pelas fortes chuvas que caíram na cidade. O prédio foi também sede de uma escola particular de música, da Banda de Música Lira Santa Cecília e funcionava ali uma carpintaria da Prefeitura e um deposito de material de som, pintura e peças danificadas.

Só em 1984, na administração de Antônio Júlio de Faria (MDB) que o prédio passou a abrigar o Museu Histórico. Em 1998 a edificação foi tombada pelo Município e em março de 2014 o imóvel foi reinaugurado após uma grande reforma que manteve boa parte da construção original.

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