MG celebra novo título da Unesco para o Vale do Peruaçu declarado Patrimônio Natural Mundial
O Vale do Peruaçu, situado no Norte de Minas Gerais, alcançou um marco histórico em 13 de julho de 2025 ao ser oficialmente declarado Patrimônio Natural Mundial da Humanidade pela Unesco. Para celebrar essa importante conquista, o Governo de Minas Gerais promoveu uma homenagem na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, destacando a relevância global de um território onde a natureza exuberante, a ancestralidade e a cultura se entrelaçam em formações geológicas impressionantes, arte rupestre milenar e um modo de vida profundamente enraizado na terra.
O governador Romeu Zema enfatizou o significado desse reconhecimento: “O título da Unesco é um reconhecimento ao valor universal do Peruaçu e ao trabalho conjunto do povo mineiro. Hoje, o mundo reconhece a grandiosidade de um território que sempre foi sagrado para nós, mineiros”.
Com essa distinção, Minas Gerais consolida sua posição como o estado brasileiro com o maior número de bens reconhecidos pela Unesco, totalizando seis títulos mundiais. A lista inclui Ouro Preto, Congonhas, Diamantina, o Conjunto Moderno da Pampulha, o Queijo Minas Artesanal e, agora, o Vale do Peruaçu. Além desses, o estado também abriga a Reserva da Biosfera da Cordilheira do Espinhaço, a capital Belo Horizonte como Cidade Criativa da Gastronomia, o Geoparque de Uberaba, e os sistemas tradicionais de cultivo de Sempre-Vivas no Vale do Jequitinhonha, que são Patrimônio Agrícola Global.
Estratégias para impulsionar o turismo sustentável
O Governo de Minas já está implementando um plano integrado para promover o turismo na região do Peruaçu. As iniciativas focam no desenvolvimento de uma base comunitária sólida, na realização de press trips, na participação em feiras especializadas, na capacitação em turismo de natureza, na formação de guias locais, no incentivo à economia criativa e na preservação ambiental participativa.
A obtenção do título da Unesco vai fortalecer projetos como o Caminhos do Norte de Minas, o Afromineiridades, o programa TEM – Turismo, Experiência e Mineridade, e a integração à Estrada Cênica da Cordilheira do Espinhaço.
Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), Leônidas de Oliveira, “a consagração do Peruaçu como Patrimônio Natural da Humanidade é um marco civilizatório para Minas e para o Brasil, além de uma oportunidade de ampliar o turismo sustentável e transformar o Norte de Minas num destino internacional de natureza e ancestralidade”.
Liderança mineira na proteção do patrimônio natural e cultural
O reconhecimento internacional também celebra o compromisso de Minas Gerais com a conservação ambiental e a valorização de seus territórios culturais. Em 2024, foram destinados R$ 150 milhões para a reestruturação de sete parques naturais, com destaque para o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. As ações incluíram melhorias na sinalização ecológica, instalação de sistemas de energia solar e comunicação, além de reforço nas trilhas, centros de visitantes e fiscalização.
Essa conquista se soma a outras recentes lideradas pelo Governo de Minas, como o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade para o Queijo Minas Artesanal, consolidando o estado como uma referência global em cultura, natureza e sustentabilidade.
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad-MG), Marília Melo, destacou: “Essa conquista é fruto de uma política ambiental séria e integrada, que alia preservação da biodiversidade, valorização dos povos tradicionais e compromisso com o futuro. O Peruaçu é exemplo mundial de conservação e educação ambiental, e agora também será símbolo de orgulho e desenvolvimento para a região”.
O presidente da Associação dos Sindicatos Rurais do Norte de Minas, Astério Itabayana Neto, enfatizou a importância do reconhecimento para a região. “Essa é uma conquista de muitas mãos que pode servir de estímulo ao diálogo construtivo entre todas as partes interessadas, sempre em busca da aliança entre a proteção do patrimônio natural e o respeito aos direitos legítimos de quem vive e produz nesta terra. Que ela traga mais visibilidade, desenvolvimento sustentável e respeito à nossa gente e à nossa história”.
Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, reforçou o potencial do título: “O reconhecimento da Unesco aumenta a visibilidade local, coloca nosso estado em um novo patamar e fortalece ainda mais a oferta de experiências e empreendimentos turísticos na região”. Com informações da Agência Minas


