Impeachment de Dilma não será apenas por pedaladas fiscais, afirma Eduardo Barbosa
No último domingo (17) a Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impeachment contra a Presidente da República, Dilma Rousseff. Só a sessão de votação durou pouco mais de 6 horas.
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Foram 367 votos a favor e 137 contra. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, já entregou todo o processo ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros.
Agora será escolhida uma comissão especial que irá delibera pela aceitação ou não do processo. Caso a maioria dos senadores aprovar a acusação, a presidente da república será afastada do cargo por 120 dias e terá direito a ampla defesa.
Nesse caso assume o vice-presidente Michel Temer. Se dois terços do plenário Senado Federal votar a favor do impeachment, julgando o mérito da acusação de crime fiscal, Dilma Rousseff não voltará ao comando do país.
Ela é acusada de provocar o desequilíbrio nas contas públicas através das chamadas pedaladas fiscais, quando usou dinheiro dos bancos públicos para outros fins e depois pagou a dívida com juros.
A ação foi movida por três juristas, incluindo um fundador do Partido dos Trabalhadores (PT). O deputado federal Eduardo Barbosa votou a favor do impeachment e fez uma avaliação de todo o processo.
O parlamentar disse que é preciso um embasamento jurídico e uma análise política apurada para votar. Segundo ele o país foi dividido durante as últimas eleições presidenciais e Dilma Rousseff não se ateve a isso. Outros problemas graves foram os casos de corrupção e a falta de diálogo no Congresso Nacional:
Eduardo Barbosa
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De acordo com Eduardo Barbosa, a Presidente da República não conseguiu articular nenhuma proposta para o Brasil. Ele ressaltou que o atual governo está sem credibilidade e gerando insegurança na economia:
Eduardo Barbosa
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O deputado federal não é a favor da convocação de eleições para a Presidência da República no momento. Para ele é preciso serenidade para apresentar propostas concretas para o país e isso seria impossível diante de tantas denúncias divulgadas pela operação Lava Jato:
Eduardo Barbosa
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Sobre o posicionamento do PSDB no caso de um governo Temer, o parlamentar se posicionou contra a participação. Ele acredita que agora é preciso unir forças em torno de propostas que ajudarão o Brasil a sair da crise:
Eduardo Barbosa
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Eduardo Barbosa finalizou dizendo que o vice-presidente Michel Temer deve buscar uma equipe de alto nível para governar, caso o impeachment seja aprovado. Os esforços seriam para reverter o caos instalado pelo atual governo:
Eduardo Barbosa
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Na próxima segunda-feira a comissão composta por 21 senadores já iniciará os trabalhos do processo de impeachment. As indicações serão feitas por blocos partidários.
Abaixo segue o número de vagas de cada bloco e os partidos que já indicaram os membros:
- PMDB – 5 vagas – ainda não indicou oficialmente os nomes
- PSDB, DEM e PV – 4 vagas: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO)
- PT e PDT – 4 vagas — ainda não indicou oficialmente. No entanto, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ ) disse que ele, José Pimentel (PT-CE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) serão os indicados
- PSB, PPS, PCdoB e Rede – 3 vagas: Romário (PSB-RJ) e Fernando Bezerra (PSB-PE) e Vanessa Grazziotin (PCdoB)
- PP, PSD – 3 vagas – ainda não indicou oficialmente.
- PR, PTB, PSC, PRB, PTC – 2 vagas – Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrela (PTB-MG).
A comissão contará também com 21 senadores suplentes que ainda serão definidos.
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