Número de casos suspeitos de Dengue aumenta e Pará de Minas corre risco enfrentar nova epidemia da doença

A proliferação constante do mosquito Aedes Aegypti é um tema bastante discutido entre os profissionais da área de saúde. O inseto quase imperceptível a olho nu é transmissor de doenças graves que cada vez mais afetam a população. A principal delas é a Dengue, que a cada ano bate recorde no número de infestações em todo país. Na região de Pará de Minas o cenário não é diferente.

Atualmente o meio mais usado para combater a proliferação da doença, é evitar que o mosquito se reproduza. Porém, isso exige um trabalho árduo e difícil, pois ele nasce após os ovos depositados terem contato com água limpa e praticamente qualquer reservatório, por menor que seja, é propício para isso.

Em Pará de Minas a Secretaria Municipal de Saúde por meio do Departamento de Vigilância Sanitária realiza semanalmente mutirões de limpeza, onde são coletados utensílios que possam armazenar água e os descarta esses materiais de forma correta. Mas a população precisa fazer sua parte, somente os agentes de saúde não conseguirão acabar com os focos do mosquito.

A enfermeira e Referência Técnica de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Maria de Lourdes Liguori, os números de contaminação da Dengue em Pará de Minas tem aumentado desde as primeiras semanas do ano.

Um dos motivos para esse aumento pode ser o armazenamento de água que vem sendo feito pelos paraminenses, que temem o desabastecimento. A situação é preocupante, pois o risco de nova epidemia da doença é muito grande:


Maria de Lourdes Liguori
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O município de Pará de Minas enfrentou duas epidemias de Dengue. A primeira no final do de 1999 e seguiu pelo ano 2000. E a segunda, mais recente no ano de 2016, quando foram registrados quase cinco mil casos da doença que matou cinco pessoas.

Agora o risco de um terceiro surto de Dengue é real. Até porque em 2016 os reservatórios de água foram apontados como causadores da epidemia, Em 2019, os paraminenses convivem com o medo de um novo racionamento de água.

A tragédia provocada pela barragem da Vale em Brumadinho lançou rejeitos e contaminou a água do Rio Paraopeba, provocando a suspensão da captação para abastecer a população de Pará de Minas.

Com isso os cidadãos retomaram o hábito de armazenar água nos quintais, que pode fazer disparar a proliferação do Aedes aegypti. Muitos se esquecem que neste período chuvoso e não é necessário o armazenamento, uma vez que a água dos mananciais é suficiente par abastecer o município:

Maria de Lourdes Liguori
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O número de pessoas com sintomas da Dengue aumentou muito e a rede pública de saúde tem atendido muitos pacientes que apresentam quadro clínico semelhante ao de quem foi picado pelo mosquito.

De acordo com Maria de Lourdes Liguori a cidade ainda não apresenta epidemia da doença. Mas a situação é preocupante, pois em poucos dias a situação pode mudar. Afirma que em todo o ano de 2018 foram notificados 122 casos e somente em um mês e meio de 2019 já foram registrados 68 casos suspeitos, ou seja, mais da metade do que foi registrado em todo ano passado:

Maria de Lourdes Liguori
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Além da Dengue, o mosquito Aedes Aegypti também transmite Zika vírus e Febre chikungunya. Mas dessas duas ainda não foram registrados muitos casos em Pará de Minas. Entretanto, existe alerta quanto a isso, pois caso não haja um controle de proliferação do mosquito, os vírus também podem se espalhar rapidamente:

Maria de Lourdes Liguori
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A ajuda da população é fundamental para o controle da proliferação do Aedes Aegypti. A orientação é para que as pessoas retirem todos os materiais que acumulam água dos quintais, bem como os reservatórios de água e denunciem casos de negligência, pois um bairro inteiro pode ser contaminado por um simples criadouro.

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