Vale diz resgatar peixes e água do Rio Paraopeba não deve ser usada para nada entre Brumadinho e Pará de Minas
As informações constam em nota enviada ao Portal GRNEWS pelo serviço de assessoria de comunicação que atende a mineradora Vale. A nota cita os danos causados pelos rejeitos da barragem da mineradora ao Rio Paraopeba, após o rompimento ocorrido em 25 de janeiro no município de Brumadinho. Destaca os pontos de monitoramento da água, resgate de peixes e que a água não deve ser utilizada para nenhuma finalidade entre Brumadinho e Pará de Minas.
A íntegra da nota diz que “a qualidade da água e os peixes do Rio Paraopeba estão sendo avaliados continuamente, sob orientação dos órgãos ambientais competentes, além de estarem sendo realizadas intensamente ações de resgate dos peixes que forem encontrados em situações de risco. Os resultados das análises, quando disponíveis, serão colocados à disposição dessas instituições. Mais de 70 peixes nativos do rio Paraopeba já foram resgatados, sendo que todos foram relocados para áreas não afetadas.
Contudo, a empresa ressalta que, desde 2008, a legislação ambiental proíbe a pesca profissional no rio Paraopeba e seus afluentes, desde suas nascentes até o limite com o reservatório de Três Marias. Aliado a isso, estamos no período de defeso, no qual são definidas restrições à pesca esportiva, como tamanho e quantidade de peixes para determinadas espécies, dentre outros.
A Vale informa ainda que está preparada para disponibilizar água para consumo humano e agropecuário para a população atingida em função do rompimento da Barragem I, em Brumadinho. Conforme orientação dos órgãos competentes do Estado de Minas Gerais, a população entre Brumadinho e Pará de Minas que faz captação diretamente no Rio Paraopeba não deve utilizar a água para nenhuma finalidade. Essas pessoas estão sendo identificadas e recebendo água potável fornecida pela empresa.
Já foram atendidos 14 municípios, com distribuição de 7,2 milhões de litros de água para a população até o momento. É importante ressaltar que o fornecimento e qualidade da água da COPASA e das outras concessionárias que atendem às cidades que margeiam o rio segue normalmente.
A Vale conta, desde 28 de janeiro, com 48 pontos de monitoramento de água e sedimentos ao longo do Rio Paraopeba até a Foz do Rio São Francisco, com coletas diárias de água e semanais de sedimentos para análises químicas. Em atendimento à determinação da SEMAD, foram incluídos parâmetros adicionais nessas análises, já repassados e solicitados aos laboratórios. A Vale realiza ainda a análise de turbidez da água a cada hora em outros quatro pontos.
Estão em operação cinco barreiras (membranas) antiturbidez instaladas no rio Paraopeba, três delas na região de Pará de Minas e outras duas na altura dos municípios de Juatuba/Betim, antes da Usina Termelétrica de Igarapé. Mais três barreiras estão em instalação na altura de Juatuba/Betim. Os monitoramentos específicos para esse fim demonstram que a eficiência das barreiras instaladas implicam em uma redução de 10% a 15% da turbidez da água do rio.”
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