Caos no transporte coletivo em Pará de Minas; usuários reclamam de frota, superlotação e atrasos nas áreas rural e urbana

Moradores das comunidades rurais de Pará de Minas resolvem a maioria dos problemas na área urbana do município, como quitar dívidas, ir ao banco, fazer compras e cuidar da saúde. Nem todos possuem veículo próprio e por isso utilizam os ônibus do transporte coletivo. Nestes locais, um consórcio de empresas é responsável por trazer e levar os usuários.

E eles estão revoltados com a situação precária dos veículos. Um deles denuncia que o micro-ônibus que atende a comunidade de Jaguara por exemplo, tem mais de 40 anos de uso. Sem contar que não tem bagageiro e quem vêm à cidade tem que carregar as compras no colo.

Outra usuária, moradora de Ascensão, reclama da quantidade de pessoas em um só ônibus. Ela denunciou que na semana passada, em um dos horários, 77 pessoas estavam dentro do veículo e ela teme acidentes na estrada ou que algo pior aconteça.

Outro passageiro argumenta que o risco na linha que passa na região de Córrego do Barro e Ascensão, além da superlotação, o risco é maior. Na estrada de terra e na maior parte do ano mal conservada, o motorista também tem que fazer a função de cobrador.

Os moradores das comunidades rurais também reclamam das poucas linhas para Pará de Minas. Segundo eles, na maioria dos locais, o ônibus passa apenas uma vez por dia. Se eles tem uma consulta à tarde, por exemplo, precisam vir de manhã para a cidade.

Sem contar que a maioria das linhas passa em dois ou três distritos, o que demora ainda mais a viagem.

O Departamento de Trânsito e Transportes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano é o responsável por esse tipo de fiscalização. A reportagem do Portal GRNEWS entrou em contato com a Prefeitura para saber se existe alguma pessoa responsável por fiscalizar estes ônibus. Segundo a assessoria de comunicação, o setor responsável vai avaliar a situação e na próxima semana tomar as providências cabíveis.

Mas o caos no transporte coletivo e a reclamação não é somente dos moradores das comunidades rurais. Quem mora na área urbana de Pará de Minas também não está satisfeito com o transporte coletivo. Os usuários questionam o valor da passagem, atualmente é cobrado R$ 3,20; da frota precária, onde há até vídeos em redes sociais de populares empurrando ônibus no meio da rua; funcionários que acumulam função de motorista e cobrador e cansados às vezes não tratam bem a população; e os horários que não são cumpridos.

Relatos dão conta que algumas linhas só passam com atraso. A Grão-Pará/Serra Verde, por exemplo, segundo uma usuária relatou, no último dia 6 de outubro, o ônibus estava marcado para passar às 17 horas. Ele atrasou e a usuária só conseguir entrar no veículo às 19h10. Ela questionou o atraso, e o motorista disse que demorou porque ele tem que dirigir o veículo e atuar como cobrador.

Outra moradora do bairro Grão-Pará denuncia que as lotações estão tirando horários. A de 6 horas, que passa pelo São Luiz, e a de 7 horas da manhã, não estão passando e quem precisa do transporte nestes horários não sabe mais onde recorrer.

Os usuários também reclamam do prefeito Elias Diniz (PSD) que não fiscaliza o transporte coletivo urbana em Pará de Minas e também protestam contra os vereadores que, segundo eles, não fazem nada para resolver esta questão e ajudar os usuários paraminenses.

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