Criadores de gado bovino se preparam para vacinar o rebanho contra Febre Aftosa

Nos meses de maio e novembro os criadores de bovinos e bubalinos do Estado de Minas Gerais precisam imunizar todos os animais de seus rebanhos contra a Febre Aftosa.

Como o nome já diz, a doença é infecciosa e causa febre nos animais, seguida pelo aparecimento das chamadas aftas principalmente na boca e pés. O vírus, que tem sete tipos diferentes, se espalha rapidamente e é encontrado na saliva e no leite do animal.

Para os produtores o prejuízo é incalculável, pois todo o rebanho é infectado além de contaminar os animais das propriedades vizinhas. A doença não tem cura e o gado tem que ser sacrificado.

Para o consumidor final, a doença pode ser transmitida tanto pelo contato direto com o bovino ou bubalino, como também através do leite não pasteurizado e o consumo da carne do animal infectado. Pode causar morte se a infecção atingir a garganta e os pulmões.

O Estado de Minas Gerais tem a certificação de área livre de febre aftosa desde 2008. Este documento auxilia nas exportações de carne bovina, animais vivos e produtos da bovinocultura em geral. O Brasil é hoje o terceiro maior exportador mundial de carne com faturamento de mais de US$ 6 bilhões.

O território mineiro possui o segundo maior rebanho bovino do país com mais de 23 milhões de cabeças e é o maior produtor nacional de leite, com quase nove bilhões de litros ao ano.

Por isso o Instituto Mineiro de Agropecuário (IMA) além de promover a campanha, fiscaliza o trânsito de animais e eventos agropecuários. No próximo mês de maio acontece a primeira etapa. Os criadores devem obrigatoriamente vacinar todos os bovinos e bubalinos, independente da idade.

Este ano tem novidade. Antes a dose aplicada nos animais era de cinco mililitros (ml) e a partir da próxima campanha, cada animal receberá uma dose de dois ml. Com a redução, os animais terão menos reações à imunização como caroços e inchaço. Além disso, os frascos menores ocupam menos espaço, facilitam o transporte e reduzem o custo de refrigeração.

De acordo com a médica-veterinária e fiscal agropecuário do IMA em Pará de Minas, Nayara Paula de Almeida, as técnicas de armazenamento e aplicação da vacina continuam as mesmas:


Nayara Paula de Almeida
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A veterinária explica ainda como será a primeira etapa da campanha e os prazos que devem ser obedecidos pelo criador:

Nayara Paula de Almeida
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Para comprar a vacina o produtor deve apresentar no estabelecimento comercial a Carteira de Identidade e o CPF. Ele deve adquirir a quantidade necessária para a imunização do seu rebanho.

Para declarar a vacinação, o criador que possui até 150 animais pode ir a um escritório do IMA e apresentar nota fiscal de compra da vacina e a declaração de vacinação preenchida e assinada pelo técnico responsável da propriedade. Já o produtor que tem mais de 150 animais pode fazer a declaração acessando AQUI.

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