Turi venceu a licitação, mas Elias Diniz condiciona assinatura de contrato ao congelamento da passagem até o fim do ano

O impasse envolvendo o transporte coletivo urbano em Pará de Minas pode estar perto do fim. Uma reunião foi realizada entre representantes da prefeitura de Pará de Minas, da Turi que venceu a licitação realizada no ano passado e presidência da Câmara Municipal. No encontro foi discutida a atual situação da empresa, que sem contrato há anos com o Município, continua em atividade na cidade.

Toda a situação teve início quando o Município abriu licitação para contratar uma empresa que ficará responsável, nos próximos 15 anos, pelo transporte dentro da cidade. Apenas a Turi participou e cumpriu todos os requisitos, vencendo o processo.

Poucos dias depois a surpresa veio do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) que suspendeu a licitação dizendo que o processo violou “a isonomia entre os licitantes em benefício da concessionária atual”. A empresa CAF Transportes Eireli. de São Sebastião do Oeste que sequer participou do certame foi quem fez a denúncia ao TCE. Prefeito e três outros gestores municipais foram intimados pelo órgão.

O Município então enviou todos os documentos e aguardou o posicionamento do Tribunal de Contas. Chegou o fim do ano e o órgão entrou em recesso, mesmo assim ainda havia esperança que no começo de 2020 uma resposta positiva viesse.

E veio, chegou recentemente autorizando, segundo o prefeito Elias Diniz (PSD), a dar continuidade ao processo que agora já está na fase da assinatura do contrato. A Turi está esperançosa com esta assinatura já que a empresa vem passando por momentos difíceis. Durante a pandemia, por exemplo, com a queda na arrecadação foi necessário diminuir linhas e cerca de 20 funcionários foram demitidos.

Preocupado, o gerente Djalma Rocha Júnior disse ao Portal GRNEWS que espera um posicionamento rápido e até havia conversado com os vereadores. Estes se pronunciaram recentemente durante o encontro semanal do Legislativo. Deram inclusive sugestões do que poderia ser feito para que a Turi conseguisse ao menos manter as contas em dia durante este período.

Durante a reunião realizada no gabinete do prefeito nesta semana, o contrato estava na mesa, mas Elias Diniz exigiu que um aditivo fosse feito. No documento ele condiciona a assinatura, ao congelamento do preço da passagem até 31 de dezembro de 2020, mantendo os atuais R$ 3,20. É que no processo licitatório vencido pela empresa, ela poderia cobrar R$ 3,50 por usuário a partir do momento que o contrato fosse assinado.

Elias Diniz argumenta que  em meio à pandemia não pode haver aumento no valor de serviços essenciais e por isso ele quer manter a passagem a R$ 3,20 até o fim do ano:


Elias Diniz
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Elias Diniz explica que pelo menos nos próximos seis meses a população, especialmente a mais carente que utiliza o transporte público, precisa de ajuda. Aumentar a tarifa beneficiaria a empresa, mas não ajudaria a população:

Elias Diniz
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O encontro contou com a participação da diretoria geral da Turi que veio de Sete Lagoas para discutir a atual situação da empresa na cidade. Os diretores levaram o contrato que será analisado pelos setores jurídico e financeiro. Não há um prazo definido para esta resposta.

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