Presidente da Lamil tranquiliza paraminenses e diz que operação da mineradora não oferece nenhum risco a população

Desde o rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho em 25 de janeiro, causando mortes e um dano ambiental incalculável, que a população de Pará de Minas está temerosa. Em especial, duas situações preocupam os paraminenses.

Uma delas é a contaminação do Rio Paraopeba, cuja água oferece riscos à saúde humana e animal conforme atesta o Governo de Minas Gerais. Por essa razão a concessionária Águas de Pará de Minas suspendeu a captação no distrito de Córrego do Barro, na noite de 29 de janeiro. O paraminense teme por sua saúde e não quer nem ouvir falar em retomar a captação de água no Rio Paraopeba para abastecer a cidade, além de decretar situação de emergência.

Como é fato que a água captada no Ribeirão Paciência, Córrego dos Paivas, poços artesianos e carros-pipa não é suficiente para abastecer Pará de Minas em tempos de estiagem, o prefeito Elias Diniz (PSD) já cogita a construção de nova adutora que seria custeada pela Vale, empresa responsável pela tragédia que contaminou o Paraopeba.

Outro temor que surgiu se refere à mina de extração de agalmatolito da Lamil em Pará de Minas. Muita gente teme a ocorrência de casos semelhantes aos de Mariana e Brumadinho. Tanto que o assunto foi alvo de questionamentos por parte de vereadores durante reunião da Câmara Municipal de Pará de Minas, realizada na noite de segunda-feira, 11 de fevereiro.

O vereador Ênio Talma Ferreira de Rezende (PSDB) resumiu em plenário a resposta enviada pela Lamil a um requerimento de sua autoria cobrando explicações sobre a operação da empresa. Mesmo assim, ainda restaram algumas dúvidas que ele citou durante seu pronunciamento.

Outro que manifestou preocupação quanto à operação da Lamil foi o vereador Antônio Carlos dos Santos (PTB). Ele afirmou que antes de a barragem se romper em Brumadinho, todos diziam que estava tudo certo. Também cobrou uma fiscalização externa na mineradora, que se manifestou por meio de nota.

Mas quanto a essa segunda preocupação, a população de Pará de Minas pode dormir tranquila, baseada no que disse à reportagem do Portal GRNEWS nesta quarta-feira, 13 de fevereiro, o presidente do Conselho de Administração da Lamil, Sérgio Lage.

Ele afirmou que o processo de exploração de agalmotolito na mina da Lamil ocorre há mais de sete décadas, sendo completamente diferente das outras mineradoras onde ocorreram desastres. Deixou claro que a Lamil não possui nenhuma barragem e que os rejeitos produzidos são reaproveitados:


Sérgio Lage
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Outra situação diferente está relacionada á demanda extrativista entre as mineradoras cujas barragens romperam causando tragédias e a quantidade de agalmatolito extraída pela Lamil. Os números comprovam a grande diferença:

Sergio Lage
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A exploração feita na Lamil também se diferencia das demais mineradoras, se considerados os grupos de classificação de minérios que incluem desde os metálicos até a água mineral. Por tudo isso, Sérgio Lage afirma que no processo de exploração da Lamil inexiste qualquer risco para a população paraminense:

Sérgio Lage
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A mina da Lamil está localizada na Fazenda Terra do Feijão, que atualmente está localizada na área urbana de Pará de Minas. Mas nem sempre foi assim. A empresa atua há mais de sete décadas no município e aos poucos os empreendimentos imobiliários foram se aproximando da mina, o que o presidente considera um processo natural:

Sérgio Lage
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O coordenador da mineração da Lamil Jonathan Pontes também falou com a reportagem do Portal GRNEWS. Ele começou jogando por terra uma lenda urbana pela qual a mina da empresa é formada por dutos que se estendem pelo subsolo do município. Afirma que essa informação não procede e explica quais são as dimensões da mina da Lamil:


Jonathan Pontes
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Também detalha o passo a passo sobre como é feita a extração de agalmatolito na mina da Lamil. Destacando que todo esse processo é fiscalizado constantemente pelos órgãos competentes dos setores minerário e ambiental:

Jonathan Pontes
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Ele diz que além dos órgãos fiscalizadores, desde o ano passado a Lamil iniciou um programa com visitas guiadas para que pessoas da sociedade paraminense conheçam como é feito a extração de agalmatolito na mina da empresa:

Jonathan Pontes
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Na nota publicada anteriormente, a Lamil também destaca que mantém uma relação honesta, respeitosa e transparente com a comunidade de Pará de Minas, relação esta que tem pautado as atividades da empresa desde sua fundação em 1947.

Também informa que sua mina subterrânea é monitorada através de medições semanais e encontra-se completamente estável. Esse monitoramento é realizado desde a implantação da mina subterrânea no ano 2000, portanto, há 19 anos.

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